O iluminismo no feminino

1868 palavras 8 páginas
A Posição da Mulher no Pensamento Filosófico do século XVIII

SLIDE 1 No século XVIII, as ideias do Iluminismo foram espalhadas através de um percurso pouco convencional: em casas de elegantes senhoras aristocratas, isto acontecia até no palácio de Versalhes. Muitas senhoras da aristocracia começaram a reunir grupos nas suas casas, esta iniciativa foi originária da cidade de Paris. Estes convites não eram baseados na posição social, mas sim na inteligência, sagacidade e intelectualidade da pessoa. Nas casas de moda de Paris, as elites da sociedade reuniam-se para noites de debate e conversa. Pensadores, iluminados, aristocratas, membros ricos da classe média, novos-ricos, altos oficiais militares e estrangeiros, misturavam-se em pé de
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A escrita foi um meio de escapar aos constrangimentos impostos. As palavras foram a arma de eleição das mulheres.
Transparecendo apenas modéstia, humildade, discrição, algumas mulheres foram difundindo e publicando os seus escritos, – publicavam anonimamente ou sob um pseudónimo masculino, visto que uma transgressão deste calibre suscitaria o escândalo, - poucos desses manuscritos sobreviveram à passagem do tempo.

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A entrada numa ordem religiosa justificava ensinar às mulheres a ler, a escrever e a aprender o latim. Entre 1600 e 1750 a maioria das autoras portuguesas eram, naturalmente, freiras. O meio eclesiástico, na sociedade portuguesa, ocupava um lugar de destaque, enquanto centro de irradiação de poder e de cultura.

Como já acontecia no século XVII, os conventos femininos realizavam “outeiros”, que tinham como principal atracção a improvisação poética ou a difusão de ideias. Os conventos convertiam-se, assim, em espaços de discussão literária e filosófica.
(Imagem: Heloísa de Paráclito (1101 – 1164), freira, escritora, erudita e abadessa francesa).

Entre as mulheres não religiosas, a difusão da prática da escrita, era do âmbito pessoal, era um motivo de assombro e era sempre considerado como uma transgressão ao sistema dominante.
Tornar-se uma escritora, exibir os seus conhecimentos, exigia uma vontade de quebrar as normas sociais. A liberdade feminina estava sempre confinada a determinados espaços, geralmente privados.

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