O estoicismo
Astrês palavras-chave do credo de Zenão eram materialismo, monismo e mutação.Ou seja, ele considerava que tudo no universo — mesmo o tempo, mesmo o pensamento — tem uma qualquer espécie de substância corpórea
(materialismo); que, em última análise, tudo se pode resumir a um simples princípio unificador (monismo); e que tudo está em perpétuo processo de mudança e a transformar-se em qualquer coisa diferente daquilo que antes era
(mutação).
Quando o Estoicismo passou do Oriente para o Ocidente e foi introduzido no mundo romano, assumiu um aspecto diferente. Foram os elementos morais dos …exibir mais conteúdo…
Este Espírito-Fogo, que possuía consciência, objectivo e vontade, era simultaneamente o criador e a matéria do universo; tomava forma em inúmeras manifestações diferentes, dando assim às coisas a sua substância e forma, e produzindo a partir de si próprio o mundo visível e tudo o que dentro dele se encontra. De acordo com os variados contextos em que reflecte sobre isto, Marco dá-lhe muitos nomes: quando fala da sua acção sobre o universo como um todo, pode chamar-lhe Deus, Zeus, Natureza, Providência, Destino, Necessidade, ou Lei; como um dos elementos materiais da natureza, é Fogo, ou Ar, ou Força; em relação à constituição do próprio homem, torna-se Alma, Razão, Espírito, Sopro, ou (na linguagem técnica da psicologia Estóica) “a Faculdade-Mestra”. É importante lembrar que todas estas palavras são meros termos para designar o mesmo Espírito-Fogo criador nos seus variados aspectos. O Estoicismo é, portanto, um credo panteísta: isto é, considera que Deus está em toda a criação, mas não tem existência fora dela. E como tal, está em directa oposição aos ensinamentos rivais do Epicurismo. Epicuro, ao desenvolver as ideias de Demócrito, defendia que os únicos constituintes do universo são átomos e espaço