O estado brasileiro: gênese, crises, alternativas
Ao se procurar entender a crise pela qual o Brasil passa o autor refere-se a ela como um traço do passado que atingiu o seu apogeu a partir do ano de 1930. A caracterização do Brasil esta em um “Estado extremamente forte, autoritário em contraposição a uma sociedade civil débil, primitiva e amorfa”. Ele cita três paradigmas que o ajudam a entender essa transição para a modernidade e como enfrentar os desafios históricos dessa evolução política. O primeiro conceito é o da via prussiana – Lênin é seu elaborador – é um tipo de capitalismo que conserva conceitos da velha ordem e tem como resultado o fortalecimento do Estado. O segundo é a revolução passiva – por Gramsci – esta provoca mudanças na organização social, mas como a anterior também preserva elementos da velha ordem e em relação ao Estado, ele as caracteriza de ditaduras sem hegemonia. O terceiro conceito é um conceito mais acadêmico – de Barrington Moore Jr. – são os diferentes caminhos de transição para a modernidade que gera a sociedade liberal- democrática e que se leva a formação do tipo autoritário fascista. Estes caminhos trazem ainda características das origens latifundiárias onde a burguesia continua buscando caminhos que a mantém afastada das classes populares.
O autor faz menção de que o Brasil mesmo tendo se formado independente, ainda continuo com laços no antigo regime e conservou traços da burocracia portuguesa herdada de