O aparecimento das cartilhas
No Renascimento, a preocupação com os leitores aumentaram devido ao uso da imprensa, que fazia livros para um maior público e a leitura individual de obras famosas. Com isso a alfabetização passou a ter uma maior importância e surgiram as primeiras cartilhas e gramáticas das línguas neolatinas. Era preciso ensinar o povo a escrever a língua do próprio país, deixando de lado o latim. As primeiras obras de alfabetização surgiram na Europa entre os séculos XV e XVIII:
Jan Hus propôs uma ortografia tcheca e apresentou também o ABC de Hus, um conjunto de frases religiosas com cada uma iniciando com uma letra diferente, na ordem do alfabeto. Essa obra era voltada para a alfabetização do povo.
Em 1525, foi publicada em Wittenberg uma cartilha chamada Bokeschen vor leven ond kind, que apresentava o alfabeto, os dez mandamentos, orações e os algarismos. Em 1527, Valetin Ickelsamer cria uma obra semelhante com listas de sílabas simples.
Comênius, em 1658 publicou um livro de alfabetização, Orbis sensualis pictus (O mundo sensível em gravuras), aonde as lições vinham com desenhos para ajudar a motivar as crianças.
Em 1702, São João Batista de La Salle escreveu um regulamento para as escolas que fundou “Conduite dês écoles chretiennes”, onde o ensino era dividido em lições, cada uma com três partes, uma para alunos principiantes, outra aos alunos médios e a terceira para os avançados.
No modelo de escolas que partiram da França,