O DESENHO URBANO NO RENASCIMENTO E NO BARROCO
O Renascimento estabeleceu um quadro intelectual de mudança e oposição ao misticismo medieval, assumindo um novo estilo na pintura, na escultura, na arquitectura e no urbanismo. Do século XV em diante, o desenho de arquitectura, as teorias estéticas e os princípios de urbanismo irão obedecer a ideias semelhantes – sendo a principal o desejo de ordem e disciplina geométrica. A arquitectura absorve primeiro as novas ideias nas realizações, enquanto o urbanismo se desenvolve apenas em termos teóricos, desde a concepção da cidade ideal aos tratados de arquitectura e desenho de cidades. A urbanística renascentista vai de início manifestar-se em alguns campos específicos: construção de …exibir mais conteúdo…
3.5 DESENHO E FORMAS URBANAS NO SÉCULO XIX
O desenho urbano vai continuar as regras tradicionais de composição do espaço e de relacionamento das suas partes, ou elementos morfológicos. A ruptura morfológica que se processa no século XIX é de dimensão, escala e forma geral da cidade, a cidade deixa de ser uma entidade física delimitada para alastrar pelo território, dando início ao aparecimento de ocupações dispersas e à indefinição dos perímetros urbanos. Coincidindo com os fenómenos de industrialização, a evolução das estratégias militares e o aparecimento de novas armas determinaram, a partir do início do século XIX, alterações na organização das cidades e ocupação do território. A compressão das construções no interior dos perímetros fortificados torna-se desnecessária e permite alterar o entendimento da cidade, consistindo na destruição das muralhas e aproveitamento da área desocupada para a construção de anéis viários envolventes. As primeiras realizações de subúrbio datam finais do século XVIII, estes geraram a proliferação a extensão do solo construído com modificação dos modelos espaciais e urbanísticos. A rua passa a ser um mero percurso, a praça deixa de ser um espaço reservado ao encontro, o quarteirão é abandonado, enquanto a baixa densidade e a casa unifamiliar se revelam sem força nem estrutura para constituir o espaço urbano. A arborização e a vegetação substituem as relações do edificado com o espaço