O 15 de novembro de 1889 e os projetos republicanos
O Rio de Janeiro do século XIX
As últimas décadas do século XIX no Brasil, foram marcadas por duas crises: a crise do escravismo e a crise monárquica, que estão interligadas, e ao mesmo tempo, possuem suas particularidades. Antes de analisar os projetos Republicanos e a Proclamação da República, vamos ver como estava a cidade do Rio de Janeiro, capital do Império, neste final de século, desdobrando, então, nas duas crises que levaram a introdução do regime republicano em nosso país.
A cidade do Rio de Janeiro, desde a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil (1808), foi ganhando importância política e econômica, pois na prática, tornava-se a sede do império Português. A cidade passou por algumas transformações com a instalação de órgãos públicos, como tribunais, ministérios, a Casa da Moeda e a criação do Banco do Brasil; também foram criados o Jardim Botânico, a Biblioteca Real, entre outras obras. A cidade tropical ganhava ares europeus.
Mas até a metade do século XIX, a cidade não possuía água encanada e nem rede de esgotos – a água era trazida pelos escravos para as casas de seus senhores nos aquedutos ou nas bicas. Somente no governo de D. Pedro II, a cidade ganhou água encanada, iluminação à gás e bondes que substituíam as carruagem. A presença e a influência francesa nesse processo de transformações da cidade foi marcante desde a vinda da Corte, quando o rei D. João VI promoveu a vinda da