RESENHAS

CHOMSKY, Noam. Novos horizontes no estudo da linguagem e da mente. Tradução Marco Antônio Sant’Anna. São Paulo: UNESP, 2005. Resenhado por Ivanaldo Santos (UERN)*

O livro de Noam Chomsky New horizons in the study of language and mind, publicado originalmente em 2000, e traduzido, por Marco Antônio Sant’Anna, com o título de Novos horizontes no estudo da linguagem e da mente, foi lançado no Brasil pela editora da UNESP no ano de 2005. Como o próprio Chomsky (cf. 2005, p. 25) afirma: este livro é uma síntese da pesquisa, ocorrida durante a segunda metade do século XX, sobre as faculdades cognitivas humanas, sua natureza e os modos como entram em ação e interpretação. De acordo com Neil Smith (2005), que escreve o prefácio, …exibir mais conteúdo…

O problema não é o fato de se ter uma compreensão limitada da mente, mas porque não existem critérios para o que, tradicionalmente, constitui um “corpo”. Para Chomsky, “corpo” e “mente” são categorias metafísicas que quase não contribuíram para o desenvolvimento da ciência, especialmente da ciência da linguagem. Para ele, da mesma forma que Isaac Newton refutou a física aristotélica, a filosofia analítica refutou a noção cartesiana de corpo, desde então nada a substitui. É ancorado nessa discussão que Chomsky desenvolve sua proposta de uma possível unificação do saber científico. Essa proposta é o fato de ciências como, por exemplo, a Lingüística, a Biologia, a Matemática, a Física e a Genética podem se fundir. Dessa forma, surgirá uma nova ciência que estudará, a partir dos fundamentos bio-químico-genético, o cérebro, a determinação genética da linguagem e problemas similares. Essa nova ciência poderá trazer soluções que a tradição filosófica e a metafísica não trouxeram como,

* Professor do Departamento de Filosofia da UERN, doutor em Letras. E-mail: ivanaldosantos@yahoo.com.br.

Rev. de Letras - N0. 28 - Vol. 1/2 - jan/dez. 2006

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por exemplo, a solução de problemas referentes à aquisição da linguagem individual e de comunicação interpessoal. O livro é dividido em sete capítulos. O primeiro capítulo, intitulado “Novos horizontes para o estudo da linguagem”, constitui uma introdução ao pensamento de