Modelo econômico primário exportador 1500 - 1930
Neste trabalho abordaremos a história econômica do Brasil que viveu vários ciclos, sendo que em cada ciclo, um setor foi privilegiado em decadência de outros, provocando contínuas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais na sociedade brasileira.
1. Período Pré-Colonial (1500 – 1530)
A chegada dos portugueses ao Brasil que ocorreu em 22 de abril de 1500 inaugura a fase pré-colonial. Neste período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram na terra. Por volta de 1515, após os primeiros contatos com os indígenas, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da Mata Atlântica.
A imensa concentração de árvores, denominadas de pau-brasil, presente no território brasileiro era …exibir mais conteúdo…
Além disso, o Nordeste, por sua localização estratégica, permitia fácil escoamento do açúcar produzido estando mais próximo dos mercados consumidores. Outro fator que contribuiu na decisão de cultivar a cana foi o preço do açúcar alcançado no comércio europeu. O consumo do açúcar, em ascendência na Europa, logo seria o principal produto brasileiro (séculos XVI e XVII), tornando o açúcar a base de sustentação da economia e da colonização do Brasil durante estes períodos. A utilização do açúcar como adoçante, em substituição ao mel, causou na Europa do século XVI uma revolução comportamental e comercial uma vez que o produto era usado anteriormente apenas como remédio. Esse Fato destacou o Brasil, como grande produtor de açúcar, no mercado europeu. A cultura da cana de açúcar propiciava aos donatários de terras da ocupação das mesmas, pois povoados se formavam em torno dos engenhos. O primeiro engenho foi instalado por Martins Afonso de Souza, em 1532. Foram grandes as dificuldades encontradas para desenvolver o ciclo do açúcar, tais como: dinheiro para montar as moendas, comprar escravos, transportar os colonos brancos, comprar navios para transportar os equipamentos e sustentar os trabalhadores até que a produção do açúcar desse lucro, além da preocupação com o refino e comercialização do produto. Os holandeses surgem, então, como financiadores, transportadores e negociadores do