Libras? que lingua é essa? crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda
GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo. Parábola Editorial, 2009.
Por Joselane Tenório
CAPITULO 1 – A LÍNGUA DE SINAIS
A LÍNGUA DE SINAIS É UNIVERSAL?
1. “Em qualquer lugar em que haja surdos interagindo, haverá línguas de sinais. Podemos dizer que o que é universal é o impulso dos indivíduos para a comunicação e, no caso dos surdos, esse impulso é sinalizado. A língua dos surdos não pode ser considerada universal, dado que não funciona como “decalque” ou “rotulo” que possa ser colado e utilizado por todos os surdos de todas as sociedades de maneira uniforme e sem influencias de uso”. (p. 12 ¶ 1)
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Além disso, mesmo sinais mais icônicos tendem a se diferenciar de uma língua de sinais para outra, o que nos remete ao fato de a língua ser um fenômeno convencional mantido por um “acordo coletivo tácito” entre os falantes de uma determinada comunidade (Saussure, 1995).” (p. 23-24 ¶ 2)
A LÍNGUA DE SINAIS É UM CÓDIGO SECRETO DOS SURDOS?
10. “Os surdos foram privados de se comunicarem em sua língua natural durante séculos. Vários estudos têm apontado a difícil relação dos surdos com a língua oral majoritária e com a sociedade ouvinte. Escolas, profissionais da saúde, e familiares de surdos têm seguido uma tradição de negação do uso dos sinais” (p. 25 ¶ 1)
11. “A língua de sinais, como já vimos, tem uma gramática própria e se apresenta estruturada em todos os níveis, como as línguas orais: fonológico, morfológico, sintático e semântico. Além disso, podemos encontrar nela outras características: a produtividade/ criatividade, a flexibilidade, a descontinuidade e a arbitrariedade. (p. 27 ¶ 7)
A LÍNGUA DE SINAIS É O ALFABETO MANUAL?
12. “De forma alguma. O alfabeto manual, utilizado para soletrar manualmente as palavras (também referido como soletramento digital ou datilologia), é apenas um recurso utilizado por falantes da língua de sinais. Não é uma língua, e sim um código de representação das letras alfabéticas.” (p. 28 ¶ 1)
A LÍNGUA