História da Cama
Podemos considerar a cama como a peça de mobiliário mais importante da casa, já que nela passamos um terço da nossa vida. Nela dormimos, é o local privilegiado dos amantes, nela recuperamos das doenças, é o cenário onde os sonhos acontecem e é uma peça omnipresente desde o nosso nascimento até a morte, sendo muitas vezes o local do primeiro suspiro e do último rito de passagem.
Algumas personagens históricas transformaram a cama no seu local de trabalho: Churchill trabalhava na cama durante a Segunda Guerra Mundial; Matisse, idoso e acamado, desenhava nas paredes do quarto com o auxílio de pedaços de carvão presos a uma cana; Rossini compôs na cama várias óperas e Colette escreveu aí boa parte dos seus romances; John Milton concebeu o Paraíso Perdido na cama, enquanto os seus filhos escreviam os versos; e, o mais famoso dos artistas atingidos pela doença, também escreveu os sete volumes de Em Busca do Tempo Perdido no leito.
No Antigo Egipto uniformizaram-se o tipo e a forma do mobiliário que ainda hoje utilizamos, como é o caso da cama e de outras peças básicas. Os móveis das casas não eram em grande número, mas tinham boa construção e proporcionavam um bom nível de conforto. No entanto, o mobiliário deste período não foi considerado símbolo de riqueza.
Nas casas mais modestas não existiam móveis ou eram em reduzido número. Bancos de baixa altura, feitos de terra e lama, cobertos de esteiras de junco e rolos de linho, serviam tanto de camas