Globalização: como ela é apesentada à sociedade e como ela acontece de fato. Rayane Leite

A partir da leitura dos textos sugeridos e de assistir o vídeo que mostra a visão do sábio Milton Santos (e do qual agora compartilho as mesmas ideias), é possível abrir o pensamento para novas reflexões e obter uma visão do ponto de vista real do processo da globalização.
Como experiência pessoal, essa atividade proposta, foi para mim, emocionante e reveladora. Me vi como integrante da massa, que influenciada por uma mídia formadora de opinião (que não reproduz a informação, mas sim a interpreta favorecendo seus próprios interesses, e a utiliza …exibir mais conteúdo…

"Os descendentes dos povos escravizados pelo colonialismo são excluídos do banquete da globalização."

De fato para a grande maioria da humanidade a globalização está se impondo como "fábrica de perversidades". O desemprego crescente torna-se crônico, a pobreza aumenta, a fome e o desabrigo se generalizam em todos os continentes.
O desemprego já aparece como uma coisa normal, rotineira. Os beneficiados pela globalização e o aparente Estado explicam que o desemprego é uma condição. "1,5 bilhão de pessoas ganha menos de um dólar por dia", a pobreza é tratada com naturalidade. A globalização distribui mais pobreza para os pobres e concentra mais riqueza para os ricos.
"A humanidade se divide em dois grupos, o grupo dos que não comem, e o grupo dos que não dormem com receio da revolta dos que não comem." disse Josué de Castro, em Geopolítica da fome. Entretanto, o problema não está na falta de alimentos, pois produzimos muito mais do que consumimos, mas sim na distribuição desses alimentos. Isso é culpa exclusivamente da forma como nós organizamos a sociedade em que vivemos. Com o comodismo e a visão habitual, a fome já não nos surpreende, convivemos com ela cotidianamente entorpecidos pela realidade que nos cerca.
A omissão da nossa própria sociedade com relação à essas atrocidades da globalização se deve também ao fato de querermos copiar quem nos explora. Temos a cultura de não fazer diferente, e não pensarmos no que é melhor pra nós.