Amor de Salvação
Camilo Castelo Branco
Editora Ática- São Paulo-3° edição - 1998
Amor de Salvação é um romance, pertence á Segunda Geração Romântica Portuguesa, a obra transborda as emoções, é subjetiva e o desespero pelo amor perdido esta presente igual que a melancolia e a imaginação. Uma das figuras de linguagem que se repete é a Metáfora “...Tenha ânimo fidalgo e não deixe fazer o ninho atrás da orelha” (Pég.112) e também a Silepse de Gênero; tem muita descrição. Narrado em primeira pessoa, o escritor faz parte dela “Entrei num vasto pátio, contornado de arcadas...” (pág.17); o tempo é cronológico, “O mês era dezembro de 1863” (pág.15), o cenário é Portugal. Está composto por 23 capítulos e uma conclusão. As personagens principais …exibir mais conteúdo…

Ela doída pela partida do seu amado, e influenciada por Libana, decide aceitar a corte de Eleutério, só para sair do convento, por que ela amava a liberdade, não amava Eleutério “O que ela via em Eleutério era o homem (...) o homem aceitável como libertador...” (pág.49). Em tanto a mãe de Afonso escreveu uma carta à morgadinha, dando-lhe esperanças e prometendo à menina que antes de cumpridos dois anos, ela e Afonso realizariam seus votos ante Deus. Mais Teodora não agüentaria ficar no convento dois anos, e se casou com Eleutério. O tio de Afonso, Fernão de Teive, escreve ao seu sobrinho uma carta onde conta os detalhes do casamento de Teodora com o horrível homem (pág.54-55).
O rapaz escreveu a sua mãe, pedindo- lhe recursos para se ausentar de Portugal, e logo regressar esquecido de Teodora, “escreveu também ao tio Fernão, lastimando-se de não poder aceitar a felicidade das mãos de sua prima Malfalda”, quem amava Afonso desde sempre, (pág.56), mas não viajou até que decidiu ir a Coimbra, à universidade. Já em Coimbra recebeu uma carta de Teodora onde ela conta-lhe seu sofrimento por aquele amor que ainda sente. “O meu segundo ano em Coimbra”, diz Afonso, “foi um continuado suicídio. Desbaratei a saúde em toda a espécie de desregramento e libertinagem” (pág.64). Os dois sofriam muito, Teodora ainda estando casada, não podia esquecer Afonso, igual ele. Na universidade Afonso de Teive conhece a D. José de Noronha, quem gostava da bebida, da comida das mulheres, levava