Fichamento: as formas elementares da vida religiosa - durkheim
Capítulo I
Definição do Fenômeno Religioso e da Religião
“Para poder investigar qual a religião mais primitiva e mais simples que nos dê a conhecer a observação, antes de mais nada, é preciso definir aquilo que se deve entender por religião (...) Mas o que é necessário e possível é indicar certo número de sinais exteriores facilmente perceptíveis que permitam reconhecer os fenômenos religiosos por toda a parte onde se encontrem e que impeçam que sejam confundidos com outros.” (p.53)
“Os homens foram obrigados a formar noção do que é religião, bem antes da ciência das religiões ter podido instituir suas comparações metódicas. …exibir mais conteúdo…
(...) a noção de religioso está longe de coincidir com a de extraordinário e imprevisto. – Jevons responde que essa concepção das forças religiosas não é primitiva. Ter-se-ia começado por imaginá-la para explicar as desordens e os acidentes, e somente depois é que teria sido utilizada para explicar as uniformidades na natureza.” (p.59)
“Assim, a idéia de mistério nada tem de original. (...) Não se pode pois fazer dela a característica dos fenômenos religiosos sem excluir da definição a maioria dos fatos a definir.” (p.59)
II
“Outra idéia pela qual se tentou, muitas vezes, definir a religião á a divindade. (...) É verdade que, se se entende a palavra divindade em sentido preciso e estrito, a definição ignora grande número de fatos manifestamente religiosos. (...) Tylor: (...) ‘É melhor, parece, apresentar como definição mínima da religião a crença em seres espirituais’. (...) O único comércio que podemos manter com seres dessa espécie é determinado pela natureza que lhes é atribuída. São seres conscientes, não podemos agir sobre eles se não da maneira como se age sobre as consciências em geral, ou seja, por procedimentos psicológicos, procurando convencê-los ou emocioná-los, quer através de palavras (invocações, orações), quer através de oferendas e sacrifícios.” (p.60)
“O budismo, diz Burnouf, ‘apresenta-se, em oposição ao bramanismo, como moral sem deus e ateísmo sem natureza’. ‘Não