Fábula das abelhas - mandeville

2962 palavras 12 páginas
Fábula das abelhas - Mandeville

A Fábula das abelhas conta, de forma irônica, como os vícios de cada abelha em particular eram vitais para a prosperidade econômica de toda a colméia. A colméia era formada por dois grupos: os canalhas assumidos e os canalhas dissimulados. Existia todo tipo de vícios na colméia como: inveja, orgulho, avareza, ganância, e também existia a lei, a justiça e a idéia divina. Todos os vício individuais traziam algum benefício coletivo. Para sustentar a ganância de uma abelha por exemplo eram necessárias várias outras abelhas trabalhando em diversas áreas e construindo tudo aquilo que os grandes vícios de uma abelha desejava. Não fossem esses vícios, não haveria a justiça (não haveria quem defender,
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A esses chamavam velhacos, mas exceto pelo nome,
Os austeros industriosos eram iguais;
Todos os negócios e cargos tinham algo de desonesto,
Nenhuma profissão era isenta de embustes.
Os advogados, cuja arte tinha por base
Suscitar contendas e dividir causas,
Opunham-se a todos os registros, pois as trapaças
Poderiam dar mais trabalho com propriedades hipotecadas,
Como se fosse ilegal que o patrimônio de alguém
Fosse conhecido sem uma ação judicial.
Postergavam deliberadamente as audiências,
Para embolsar polpudos honorários,
E, para defender uma causa iníqua,
Examinavam e observavam as leis,
Como ladrões que espreitam lojas e casas
Para descobrir qual o seu ponto fraco.
Médicos valorizavam fama e riqueza
Acima da saúde dos depauperados pacientes
Ou de sua própria habilidade; a maior parte estudava,
Em vez de as regras da arte,
Olhares graves e pensativos e atitudes apáticas,
Para ganhar a simpatia do boticário
E elogios das parteiras,

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