Expressionismo na arquitetura
Denominam-se genericamente expressionistas os vários movimentos de vanguarda do fim do século XIX e início do século XX que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que em sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e subjetiva.
O Expressionismo não se confunde com o Realismo por não estar interessado na idealização da realidade, mas em sua apreensão pelo sujeito. Guarda, porém, com o movimento realista, semelhanças, como uma certa visão anti-"Romantismo" do mundo.
Em uma acepção mais ampla, a palavra se refere a qualquer manifestação subjetiva da criação humana
A arquitetura expressionista foi um movimento arquitetônico que desenvolveu-se na Europa setentrional …exibir mais conteúdo…
Em 1919, Bruno Taut referiu-se à recessão que estagnou toda a atividade construtiva após a 1ª Guerra Mundial com a seguinte frase:
“A minha prancheta aqui no escritório continua vazia. Todo dia o mesmo nada. Flutuo no ar como um arquiteto imaginário.”
Apesar de a maioria desses projetos ter ficado no papel, algumas dessas visões arquitetônicas chegaram a ser construídas. Dois importantes exemplos dessa produção arquitetônica expressionista são as formas cristalinas do Pavilhão de Vidro, projetado por Bruno Taut, antes da guerra, para a Exposição da Werkbund, em Colônia, e a forma escultural da Torre Einstein, em Potsdam, projetada por Erich Mendelsohn, em 1917-20 . A Grande Guerra de 1914 levou ao fim a primeira fase da Werkbund. Quando o movimento recomeçou, em 1919, seu desenvolvimento foi mais irregular. Nos anos 1920, a associação assumiu um teor marcadamente místico, com um tom moral e político bastante diferente dos anos iniciais. O centro de interesse tornou-se o planejamento urbano, a construção de casas e de planos habitacionais e a indústria da construção. Em seu pronunciamento para a associação, em 1919, Hans Poelzig utilizou expressões como "valores eternos" para defender a separação entre a arte, o artesanato e o comércio, pois, para ele, o comércio e a indústria haviam prostituído a arte. Poelzig defendia que a arquitetura seria a grande arte que uniria