Exegése de daniel
1. INTRODUÇÃO.
O livro de Daniel foi tratado algumas vezes como um relato de fantasias de um povo por demais oprimido, ou empregado meramente como veículo para especulação sobre o fim do mundo e para o estabelecimento de datas dos acontecimentos do final dos templos.
Certo é que o livro de Daniel crie no leitor esta impressão de ser um livro de antagonismos. Podendo ser descrito como um dos mais simples ou como um dos mais complexos livros da Bíblia. Partindo da simplicidade histórica de seus seis primeiros capítulos, matéria prima para aulas da Escola Dominical ás visões complexas compreendidas na segunda parte do livro, debatidas e discutidas incessantemente pelos estudiosos da Bíblia. Estes contrastes incluem …exibir mais conteúdo…
Para exemplificar este conceito de profecia vaticinadora i.é; “profecia depois do fato” Dillard descreve o pressuposto de Essfeld que por meio de uma leitura acurada do final de Daniel 11afirma que Daniel 11.29-39 é uma “profecia depois do fato” e propõe uma data para o livro entre o retorno de Antioco IV de sua segunda campanha no Egito (167 a.C) e sua morte em abril de 163 a.C.
Uma resposta conservadora à visão critica acima é proposta por Baldwin ao apelar para um famoso fenômeno em profecia: o telescópio. O telescópio é uma metáfora que descreve uma profecia de natureza compactada, i. é, um profeta relaciona eventos que, quando cumpridos, terão lugar, na verdade, em diferentes períodos de tempo. Baldwin aplica esse conceito á sua compreensão de Daniel 11.29-45 e sugere que toda a passagem se aplica a Antíoco IV, mas não exclusivamente. Pelo presuposto do telescópio, Baldwin concebe que esta profecia também diz respeito a outros futuros governantes opressores, por isso, o ultimo cumprimento da passagem é o Anticristo que encarnará o mal no tempo do fim.
Estas diferentes abordagens do texto feitas por pensadores conservadores e críticos afetam dramaticamente o tratamento das