1.1 Histórico da Escravidão no Mundo

A escravidão existe desde os primórdios dos tempos, quase tão antiga quanto a humanidade. Desde as passagens bíblicas, perpassando pelas civilizações da Grécia e Roma antiga, a História nos comprova a existência deste fenômeno, que ainda é perpetuado nos dias atuais.

Ressalvadas as diferenças culturais e temporais, é de suma importância o estudo do surgimento da escravidão, para compreendermos o conceito de trabalho escravo atualmente.

O filósofo francês Lamennais descreveu o nascimento da escravidão no mundo da seguinte forma:

Houve outrora um homem mau e maldito do céu, e esse homem era forte e odiava o trabalho, de sorte que disse de si para si: como ei de fazer se não trabalhar, e o …exibir mais conteúdo…

Acerca do tráfico de negros, cabe a transcrição de uma parte do discurso do Duque de Broglie,:

Onde existe o motivo, a desculpa, o pretexto de um semelhante ato? Que pensamento pode atenuar o seu horror? Que coloração pode embranquecer sua negridão original? São já escravos, que nos compramos, dizem-nos. Sim são escravos: e sabeis por que eles são escravos? É porque nós os compramos. Pensais que a Costa da África tenha naturalmente em reserva a quantidade de escravos, de que nossas colônias precisam? Não. Pedi-lhe, 20,30,40.000 e a África terá 20,30,40.000 a fornecer-vos. Não lho peçais, a escravidão aí se extinguirá ou mais ou menos. 3

Destarte, resta evidente que a escravidão moderna foi fomentada por interesses monetários, criando um ciclo vicioso de tráficos de negros.

Neste período, verificamos que o tráfico de escravos, além de repugnante em si trazia elementos de desumanização da pessoa, ao tratar o escravo como coisa, como propriedade, retiravam-se todos os seus direitos.

1.2 O Trabalho Escravo no Brasil

Anteriormente ao trabalho escravo de negros africanos, trazidos pelos colonizadores portugueses, no Brasil nativo já existia sob outra concepção o trabalho escravo entre índios.

mesmo à época do Brasil nativo, era possível encontrar sistemas “desenvolvidos” de urbanização, economia, sociedade e política. Não é de se estranhar, portanto que os portugueses, quando aqui