Educação do negro ontem e hoje
Construções e desconstruções da Educação do Negro na História do Brasil
Alessandra Ambrósio de Oliveira *
Resumo O presente artigo procura analisar, com bases nos textos da disciplina “História da Educação/Interdição do negro no contexto da legislação Brasileira, a trajetória histórica da população afro-descendente na educação dentro e fora da escola, também discutir as legislações que interditaram a presença do negro nos bancos escolares, e suas implicações no contexto educacional das políticas afirmativas no século XXI, constatando-se que em toda a história houve uma invisibilização do negro na sociedade brasileira, tanto que atualmente surgiram políticas públicas para tentar sanar essa …exibir mais conteúdo…
As crianças negras nascidas no Brasil desde muito pequenas já aprendiam a obedecer a seus senhores, como um objeto servil. Eram preparadas para o mundo escravista através de procedimentos e estratégias por uma educação submissa, usando os métodos do adestramento, violência e impregnação.
Através do método do adestramento escolhiam uma profissão para a criança negra que não era escolhida por eles é sim por seu senhor e em seus sobrenomes era acrescentado sua profissão, como diz Roberto Góes e Manolo Florentino ao citar sobre as crianças escravas que: “Por volta dos 12 anos, o adestramento que as tornava adultos estava se concluindo. Nesta idade os meninos e as meninas começavam a trazer a profissão por sobrenomes: Chico Roça, João Pastor, Ana Mucama”(Goes & Florentino, 1999, p.184). Isso nos deixa claro que o adestramento era caracterizado como uma atividade educacional.
A violência como método educacional era utilizado como ultima tentativa de aprender a ser produtivo e a obedecer aos seus senhores. Quando acontecia, muitas vezes era de forma severa, pois tinha um caráter disciplinar para servir de exemplo aos demais escravos. No que se refere a isso, Kátia Mattoso afirma:
Os castigos corporais também servem para manter a ordem através do exemplo. Mas sua aplicação não fazia parte absolutamente da vida diária do escravo. Ninguém nega tenha havido senhores ou senhoras sádicos. Contudo, de modo geral, nem o senhor nem