VI Seminário de Literatura Brasileira
Minas e o Modernismo: Memórias Subjetividades e Ruínas
De 13 a 15 de junho de 2012
EUCLIDES DA CUNHA ENTRE A HISTÓRIA E A POESIA
Danton, Marat, Robespierre e Saint-Just nas Ondas euclidianas
Márcio Adriano Silva Moraes1
Franscino Oliveira Silva 2
Muitos relatos históricos tiveram na forma poética sua apresentação inicial. Assim fez Homero ao relatar, por exemplo, a Guerra de Tróia na Ilíada e na Odisseia. Luiz Costa
Lima, em trecho de sua obra História. Ficção. Literatura, comenta ser a poesia a companheira-adversária3 da história. Isso porque a história seria a escrita da verdade; enquanto que a poesia, a transmissão de uma ―verdade‖ que, necessariamente, não precisa
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F. Schlegel, citado por LIMA, em História. Ficção. Literatura, concebe a poesia e a filosofia como duas irmãs as quais devem caminhar juntas: ―Toda a história da poesia moderna é um comentário contínuo ao curto texto da filosofia: toda arte deve se tornar ciência e toda ciência, arte; a poesia e a filosofia devem-se fundir.‖8 O próprio filósofo Aristóteles, em sua Arte Poética, demonstra a necessidade que o homem tem de imitar, pois ―A tendência para a imitação é instintiva no homem, desde a infância.‖ 9 E a Literatura, na sua concepção de arte, é muito bem conceituada por Aristóteles quando ele afirma ser a Literatura a arte que imita pela palavra. No sentido Aristotélico, o que homem poderia imitar senão os fatos, os
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BERNUCCI, 2002, p. 126.
MOISÉS, 1985, p. 259
8
LIMA, 2006, p. 322.
9
ARISTÓTELES, 2007, p. 30.
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VI Seminário de Literatura Brasileira
Minas e o Modernismo: Memórias Subjetividades e Ruínas
De 13 a 15 de junho de 2012 acontecimentos de seu tempo? Dessa maneira, História e Literatura caminham de mãos dadas.
Segundo o discípulo de Platão,
O historiador e o poeta não se distinguem um do outro, pelo fato de o primeiro escrever em