"Do mundo fechado ao universo infinito
Afirmar o infinito seria limitar a ciência, já que para o estudo dos astros se deveria valer de dados observáveis de fato. Como bem resume Koyré: “A astronomia, portanto, está estreitamente relacionada com a visão, ou seja, com a ótica. Não pode admitir coisas que contradigam as leis da ótica.” (pág. 57). Tais asserções foram feitas antes da invenção do Telescópio, ele desconhecia portanto que observando a olho nu, equívocos em relação à distância e ao brilho das estrelas ocorrem. Afirmava que as estrelas fixas eram todas do mesmo tamanho justamente por essa limitação dos sentidos, algo que Galileu – ao construir o seu 'perspicillum', enumerou. Mas, além das estrelas fixas não cabe o papel da astronomia, neste aspecto ele estava certo, já que somente a metafísica pode transcender a possibilidade dos sentidos – o que não pode-se designar como ciência, no que entendia frente à isto. Uma estrela visível jamais poderia estar a uma distância infinita, isto contradiria todo o papel da ciência astronômica. Ao rejeitar a ideia da infinitude para explicá-las, ele concebe uma visão de ciência bem moderna no que diz respeito às distâncias, e após a inovação técnica promovida por Galileu ele renovou suas concepções, atribuindo novas ideias frente aos novos mundos que agora podiam ser observados com tamanha ampliação do telescópio, possibilitando novas percepções. No entanto,