Curimata
O curimbatá Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836) encontra-se distribuído geograficamente na Bacia do Prata e do rio Paraíba do Sul (Castro, 1990). A espécie é reofílica e apresenta importância econômica e social para a pesca artesanal, de subsistência e esportiva, além de apresentar carne saborosa (Barbieri et al., 2004). A piscicultura está estreitamente relacionada com a capacidade de perpetuação das espécies, produzindo larvas para criação, repovoamento e a formação de plantéis de reprodutores (Godinho et al., 1984; Antoniutti et al., 1995). Os primeiros trabalhos em reprodução no Brasil se iniciaram em 1929, quando Rodolpho Von Ihering e seus colaboradores, coletaram hipófises de rã e induziram machos à espermiação com dosagens crescentes e sucessivas em intervalos de seis horas. Posteriormente, apareceram outros estudos de reprodução de peixes no Nordeste do Brasil (Castagnolli, 1992). A técnica tradicional de inseminação artificial em peixes ainda é usada em fazendas, consistindo simplesmente, em homogeneizar os espermatozóides e ovócitos em um meio externo (água doce ou salgada, ou outras soluções ativadoras) (Marques, 2001). Entretanto, a eficiência desta técnica é limitada, particularmente, no que se refere às taxas de fertilização e, a economia de gametas, pois, o esperma de um único macho pode fertilizar 1 a 5 fêmeas (Bart e Dunham, 1996; Chereguini et al., 1999; Marques, 2001; Shimoda et al., 2007). Para a utilização racional de