Crítica da modernidade

1514 palavras 7 páginas
PARTE I

CAPÍTULO I – AS LUZES DA RAZÃO

Logo no primeiro capítulo de seu livro, Alain Touraine diz que é impossível que uma sociedade seja moderna se ainda procura organizar a si mesma e agir segundo o que chama de uma revelação divina ou uma essência nacional. A modernidade é composta por atividades racionais, científicas, tecnológicas e administrativas. O Estado deve ser laico, ou seja, separado da religião, e crenças individuais devem caber apenas à vida privada. As leis devem ser impessoais, contra o nepotismo (favorecimento de parentes), clientelismo e corrupção, e a vida pública deve estar separada da vida privada, ao mesmo tempo em que o dinheiro público também deve se manter separado de bens pessoais de quem o administra.
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Esse universo progride por seus próprios meios, pelas conquistas da razão. A sociedade nada mais é que o conjunto dos efeitos produzidos pelo progresso do conhecimento”.

CAPÍTULO II – A ALMA E O DIREITO NATURAL

Touraine inicia o segundo capítulo de seu livro dizendo que a crítica da modernidade não deve ser perdida no irracionalismo e no tradicionalismo, pois só têm peso as críticas que aceitam o papel central da razão na definição do ser humano e na avaliação de suas condutas. Mais adiante, o autor também explicita que ese capítulo é dedicado à tradição cultural que parece ter sido vencida pela filosofia do Iluminismo e à origem da reflexão mais pessoal, onde será melhor explicada nos últimos capítulos do livro. A primeira parte desse capítulo se trata da resistência agostiniana e Touraine o desenrola falando sobre a psique ("A psique é em cada um de nós uma identidade pessoal ou suprapessoal. Ela é mais a alma em mim do que a minha alma. Primeiro porque essa alma se define por sua oposição radical ao corpo e a tudo que a ele se liga, excluindo por consequência o que ressalta em nós particularidades individuais..., em seguida porque esta psique é em nós um daimon, um ser divino, um poder sobrenatural, cuja função e lugar no universo ultrapassam nossa pessoa singular.") e sobre o quanto o movimento para o interior afasta Agostinho do pensamento platônico. Touraine

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