Cotidiano na Terapia Ocupacional: cultura, subjetividade e contexto histórico-social

4488 palavras 18 páginas
Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 14, n. 3, p. 104-9, set./dez. 2003.

O cotidiano na terapia ocupacional: cultura, subjetividade e contexto histórico-social*

The concept of daily life in occupational therapy: culture, subjectivity and the social and historical context
Sandra Maria Galheigo(1)

GALHEIGO, S. M. O cotidiano na terapia ocupacional: cultura, subjetividade e contexto históricosocial. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 14, n. 3, p. 104-9, set./dez. 2003.
RESUMO: Este artigo discute a utilização do conceito de cotidiano na Terapia Ocupacional. Faz uma revisão bibliográfica do uso do conceito pelas Ciências Sociais, Psicologia Social e Filosofia.
A partir desta revisão, argumenta que o aspecto inovador do uso do
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O Senso Comum passa a adquirir destaque na pesquisa ao acreditar-se que se tem acesso à realidade social objetiva através da interpretação que as pessoas dela fazem. A Fenomenologia de Schutz
(MAY, 1993; MINAYO, 1998, 1999), assim como a
Etnometodologia de Garfinkel (MAY, 1993; MINAYO,
1999), se configura, portanto, nas Ciências Sociais como a Sociologia da Vida Cotidiana (MINAYO, 1999).
Ambas surgem para preencher a lacuna deixada pelas correntes positivistas e marxistas na compreensão da subjetividade do ser social que se manifesta na leitura do significado que os atores sociais atribuem à vida cotidiana. A Etnometodologia e a Fenomenologia vêm assim se contrapor às correntes positivistas, assentadas no estudo da realidade a partir do fato que só pode ser apreendido pelos sentidos, e às correntes marxistas, mais interessadas nas abordagens filosóficas ou macro-sociais
(MINAYO, 1999).
Entretanto, há que se pensar se a realidade pode ser reduzida à concepção que os homens fazem dela. O debate, se há um espaço entre a a teoria social e a interpretação que os homens fazem da vida social, subjaz um debate maior entre teoria sociológica e pesquisa social, entre a macro-teoria, que preocupa-se com o comportamento do conjunto das pessoas e as análises das estruturas e sistemas sociais, e a micro-teoria que preocupa-se com a interação face a face entre pessoas no seu cotidiano (MAY, 1993). Se ambas se

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