Condução iônica e eletrólitos sólidos
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Condução Iônica e Eletrólitos Sólidos
Heloise de Oliveira Pastore * lolly@iqm.unicamp.br Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Química
Informações do Artigo
Histórico do Artigo
Criado em Fevereiro de 2001
Resumo
Este texto tem o objetivo de mostrar que a condutividade não é um fenômeno exclusivamente elétrico ou eletrônico. Outros carregadores de cargas, os íons, podem gerar condução quando se movimentam em um retículo sólido, obedecendo a condições estruturais muito específicas.
Palavras-Chaves
Eletrólitos
Cristais iônicos
Retículos cristalinos
Condutores
Semicondutores
Isolantes
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Apenas como curiosidade, embora os estudos de dissociação iônica tenham proporcionado reconhecimento internacional à Arrhenius, verifica-se em suas declarações profundas preocupações com o meio ambiente. Arrhenius sugeria já no início do século que o desenvolvimento industrial poderia alterar significativamente as condições climáticas do planeta.
Atualmente verifica-se que a condução elétrica ocorre pela migração, de elétrons ou íons, em distâncias da ordem do tamanho dos cristais. Geralmente predomina a condução
1
por um ou outro carregador1, mas em alguns materiais inorgânicos observa-se a condução eletrônica e iônica simultaneamente [1].
Valores de condutividade2 típicos estão na Tabela 1
[1]. As condutividades são geralmente dependentes da temperatura e aumentam com o aumento da temperatura para todos os materiais, exceto os metais. Nesse caso, a maior condutividade é observada em baixas temperaturas.
Em alguns metais ocorre ainda o fenômeno da supercondutividade3 em temperaturas próximas do zero absoluto, isto é, -273 °C ou 0 K.
Tabela 1. Valores típicos de condutividade elétrica [1].
Condutores iônico Condutores
Eletrônicos
Cristais iônicos
Eletrólitos sólidos
< 10-16- 10-2
10-1 - 103
Eletrólitos fortes (líquidos) 10-1 - 103
Metais
103 - 107
Isolantes
< 10-10
Semicondutores
10-7 - 105
A condutividade iônica, derivada de migração de íons, não ocorre em grande