Co dependência
Considero relevante escrever sobre este tema, não só por ele prevalecer nas discussões atuais, como para evitar que pais e educadores perpetuem o mesmo ciclo de abusos e interação familiar disfuncional que geram filhos co-dependentes ou portadores de outras doenças.
Minha prática clínica revela como a aplicação de Técnicas de Educação Disfuncionais e um ambiente familiar contaminado pelo alcoolismo e outras desordens compulsivas podem comprometer o desenvolvimento humano e favorecer o surgimento de doenças, mais enfaticamente desta de que trato aqui, a Co-dependência.
Infelizmente, muitas famílias estão imersas em situações problemáticas, mas preferem a acomodação à …exibir mais conteúdo…
Particularmente, considero a Co-dependência uma enfermidade progressiva, que mantém e alimenta a doença das outras pessoas, impedindo-as de conquistar a autonomia e assumir responsabilidades. Co-dependentes desejam e precisam de pessoas doentes e dependentes a sua volta, pois só assim se sentem felizes a sua maneira - patológica. A dependência pode ser química, emocional, financeira e física conforme a doença - clínica ou mental. |
Sua progressão pode desencadear depressão com pensamentos suicidas, desordens alimentares, abuso de substâncias químicas, violência familiar, relações sexuais extra-conjugais ou promíscuas, emoções ou explosões intensas, hipervigilância, ansiedade, confiança ou negação excessiva e doenças clínicas crônicas. E, ao contrário dos dependentes químicos, os co-dependentes a que aqui me refiro dificilmente recebem tratamento, pois sua recompensa são justamente os cuidados que dedicam aos outros e os esforços que envidam para agradá-los.
Um mal chamado co-dependência
Por trás da dinâmica familiar na qual impera a figura do cuidador pode haver um padrão traiçoeiro de relacionamento e interação, ocultando fragilidades emocionais
Por Bety France | |
Porto (in)seguro
O perfil familiar mais observado clinicamente apresenta as seguintes características: vínculos de