Casa Grande e Senzala, Fichamento capítulo IV
“Todo brasileiro , mesmo o alvo de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo [...] a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro.[...] Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala. [...] trazemos quase todos a marca da influência negra.” (pag 367)
“Conhecem-se casos no Brasil não só de predileção mas de exclusivismo: homens brancos que só gozam com negra. [...] Casos de exclusivismo ou fixação. Mórbidos, portanto; mas através dos quais se sente a sombra do escravo negro sobre a vida sexual e de família do brasilieiro.” (pag. 368)
“O mapa de áreas de cultura da América, organizado por Kroeber, dá-nos idéia exata da maior ou menor quantidade ou elaboração de valores. Dos altos e baixos característicos da formação cultural do continente.” (pag. 369)
“Pitt-Rivers confronta as danças dos negros com as dos índios, salientando naquelas a espontaneidade de emoção exprimida em grandes efeitos de massa mas sem rigidez nenhuma de ritual com o compasso e o medido das danças emeríndias. [...] Tais contrastes de disposição psíquica e de adaptação talvez biológica ao clima quente explicam em parte ter sido o negro na América portuguesa o amior e mais plástico colaborador do branco na obra de colonização agrária. [...] escravos fugidos que propagariam entre os indígenas, antes de qualquer missonario