LARA, Silvia Hunold. Campos da Violência- Escravos e Senhores na Capitania do Rio de Janeiro 1750-1808. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1988.

1515 palavras 7 páginas
LARA, Silvia Hunold. Campos da Violência- Escravos e Senhores na Capitania do Rio de Janeiro 1750-1808. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1988.

No livro Campos da violência, Silvia Hunold Lara nos leva a compreensão de um escravo que não era apenas um espectador da sua condição, mas que era ativo e criava formas de resistir; uma escravidão que se fortaleceu através do Patriarcalismo e dos costumes, e que se sustentou, dentre outros, através do castigo físico imposto aos cativos.
A autora inicia o texto falando sobre os pontos que asseguravam a continuidade da exploração colonial, bem como a exploração do senhor sobre o trabalho escravo, e a relação que existe entre eles. A metrópole mantinha sua dominação sobre o colono, e o senhor sobre
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Essa classificação divide os instrumentos de castigo entre instrumentos de captura e contenção, suplício e aviltamento. Silvia Lara lembra que essa classificação é arbitrária, pois um instrumento de captura pode transformar-se em instrumento de suplício ou de aviltamento moral, bem como diversos outros objetos poderiam, também, transformar-se em instrumentos de castigo. Os autores já citados no presente fichamento, Bencil e Ribeiro Rocha tinham suas preferências por instrumentos de castigo. Bencil recomendava o uso de açoites e Ribeiro Rocha acreditava que o castigo deveria ser feito com palmatórias, cipó e prisão, revelando que esse tipo de castigo mais moderado não era usual. O Texto faz menção ao Mestre de Campo Garcia Dávila Pereira Aragão que, de acordo com José Ferreira Vivas, impunha a seus cativos castigos terrivelmente cruéis.
Esse capítulo ainda transcorre sobre os senhores que castigam seus escravos como forma de afirmar o poder sobre os mesmos, e sobre as marcas dos castigos deixadas em seus corpos, que serviam como lembrança da sua condição de cativo. No IV e ultimo capítulo, Silvia Lara fala sobre bibliografia e que nem sempre os estudiosos tiveram um consenso sobre o que se refere aos castigos infligidos aos escravos e que um debate bem antigo na historiografia refere-se ao caráter da escravidão no Brasil. Alguns autores defendiam uma escravidão aos moldes de Casa Grande e

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