Cárie dental
A cárie é uma doença infectocontagiosa, de caráter crônico e multifatorial. Sua atividade é influenciada por muitos fatores determinantes, como: higiene, dieta, colonização bacteriana e composição da saliva, que juntas influenciam no metabolismo bacteriano sobre os dentes, indispensável para o desenvolvimento da doença (Leites, Pinto, Sousa, 2006; Brasil, 2006; Peres et al., 2003; Teixeira, 2010; Castilho e Marta, 2010 apud Thylstrup e Fejerskov, 2001). Então, somente o tratamento restaurador da cavidade de cárie não garante o controle do processo da doença, sendo necessário intervir também sobre os seus determinantes para evitar novas cavidades e recidivas nas restaurações (Brasil, 2006).
A suscetibilidade à doença …exibir mais conteúdo…
1994), presentes na placa bacteriana (Costa et al. apud Farias, Bezerra, 2003; Simmonds, Tompikins, George, 2000) e na película dental, conferindo proteção contra agressões químicas e físicas (Costa et al. apud Farias, Bezerra, 2003; van Nieuw Amerongen, Bolscher, Veerman ECI, 2004; Lagerlöf, Oliveby, 1994). Com relação aos parâmetros salivares, constatou-se que a capacidade tampão influencia a experiência de cárie, enquanto que o mesmo não é observado com o fluxo salivar (Stamford et al., 2005).
O diagnóstico da doença cárie é um processo extremamente complexo, que envolve a interpretação de um conjunto de dados provenientes dos sinais e sintomas clínicos e de exames complementares. Assim, diagnóstico pode ser definido como a habilidade do profissional em distinguir a doença por meio dos seus sinais e sintomas. Desta forma, o termo diagnóstico não deve ser empregado como sinônimo de detecção, que, por sua vez, designa a constatação dos sinais da doença, como cor e aspecto da lesão, que podem ser quantificados de forma objetiva. Logo, os métodos de detecção visam à ampliação da confiabilidade da arte de diagnosticar. Estabelecer um diagnóstico correto da doença cárie tem se tornado ainda mais difícil devido ao declínio na sua prevalência e à alteração em seu padrão de desenvolvimento e aspecto clínico (Diniz, 2006; Pretty, 2006; Soares et al., 2012 apud Nyvad, 2004).
Visto que a doença pode se manifestar clinicamente de forma sutil ou mesmo subclínica, o