Budismo e existencialismo
Das inúmeras religiões existentes, o Budismo, hoje, possui de 230 a 500 milhões de adeptos ao redor do planeta. É considerada a quinta maior religião do mundo. Diferente da maioria das religiões que possuem toda uma construção e estrutura em suas crenças, o Budismo é uma das mais simples de serem praticadas, talvez, sendo por isso, que comporta essa exuberante quantia de seguidores. Muito dos seus praticantes definem a religião budista como uma filosofia para a vida, em vez de uma religião instituída. Pode-se comparar, por exemplo, a uma série de ensinamentos passados ao longo das gerações para a vivência no meio; a melhor forma de agir diante de determinadas situações; …exibir mais conteúdo…
Buda vagou em busca da resposta para o sofrimento, utilizando-se das mais diversas práticas de iluminação espiritual, incluindo o ascetismo, que visava à autodestruição e flagelação do próprio corpo, visando o controle dos estímulos corporais em prol do domínio da mente. Depois de quase morrer com essas práticas, Siddhartha decide meditar o sofrimento e somente sair do local quando encontrasse a solução. Com vários dias de meditação, Buda chega a sua “iluminação” onde determina as Quatro Nobres Verdades, onde a primeira é o fato de que a vida é feita de Dor; de sofrimento. A outra, de que o grande motivo para o sofrimento humano é o Desejo. A terceira de que cessando com o Desejo, cessa-se a amargura. E a quarta, de que a única forma de ser pleno nessa vida é alcançando o Nirvana, um estado de lucidez máxima de si e de tudo ao seu redor. Com isso, Buda teria vagado pregando seus ensinamentos, acabando por instituir uma nova forma de ver o mundo e agir sobre ele.
Uma das novas doutrinas filosóficas contemporâneas que mais geraram repercussão no âmbito acadêmico foi a de Jean-Paul Sartre, conhecida como Existencialismo. Quebrando com toda uma tradição do conhecimento que voltava a origem das coisas para as suas essências, o Existencialismo prima pela existência antes da essência. De acordo com Sartre, o Ser Humano é um sujeito de angústia; de dor; sofrimento. O motivo se daria pelo fato de percebermos que somos donos do nosso próprio