Bioética- o uso de animais em pesquisa
O uso de modelos animais em pesquisas científicas é motivo de grande polêmica, pois há aqueles que se dizem contra, devido ao sofrimento imposto aos animais, e existem aqueles que são a favor, pois em alguns casos não seria possível o uso de meios alternativos para se chegar ao resultado esperado.
Desde a antiguidade, o homem busca o conhecimento científico, e o uso dos animais em experiências já era usado naquela época. Primeiro, por pessoas apenas interessadas em desvendar a complexidade do funcionamento do organismo, posteriormente por pessoas especializadas em várias áreas científicas.
No século XVII o uso indiscriminado de animais em experimentos se amparava na idéia de que os animais não possuíam alma, portanto, não …exibir mais conteúdo…
”, apareceram as primeiras ações com relação à proteção aos animais. Em 1822, é instituída a Lei Inglesa Anticrueldade (British Anticruelty Act). Essa regra foi também chamada de Martin Act., em memória de seu intransigente defensor Richard Martin (1754-1834). Ela era aplicável apenas a animais domésticos de grande porte. A primeira lei a proteger esses animais talvez tenha sido uma que existiu na Colônia da Baía de Massachussets, em 1641. Essa lei propunha que “ Ninguém pode exercer tirania ou crueldade para com qualquer criatura animal que habitualmente é utilizada para auxiliar nas tarefas do homem”.
O uso intensivo de animais em pesquisas cientificas e para fins didáticos foi crescente a partir dos anos 1800. Nessa mesma época, surgiram as primeiras sociedades protetoras dos animais. A primeira foi criada na Inglaterra, em 1824, e em 1845, foi criada na França a Sociedade para a Proteção dos Animais.
Um importante episódio para o estabelecimento de limites à utilização de animais em atividades de ensino envolveu a esposa e a filha de Claude Bernard. O grande fisiologista utilizou, ao redor de 1860, o cachorro de estimação da sua filha para dar aula a seus aluno. Em resposta a esse ato, sua esposa fundou a primeira associação de defesa dos animais de laboratório. Claude Bernard, dizia que parte da postura de ser um cientista era ser indiferente ao