Autismo e inclusão - programa de treinamento em aba (análise do comportamento aplicada) reflexões e possibilidades
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ResumoO presente artigo tem como objetivo discorrer sobre o autismo, elucidando brevemente suas características, conceitos e possíveis etiologias. Considerando a relevância da temática no âmbito educacional, psicológico e familiar, bem como a complexidade percebida pelo educador ao se deparar com a criança autista em sala de aula, em detrimento da ausência ou insuficiência de preparo adequado para trabalhar com a mesma, pretende-se falar sobre metodologias pedagógicas baseadas no Programa de treinamento em ABA (em português, análise do comportamento aplicada) que objetiva em sua abordagem o desenvolvimento das habilidades psicossociais, motoras e cognitivas da criança autista, ressaltando suas possibilidades de avanços. Portanto, …exibir mais conteúdo…
Atualmente os estudos genéticos são mais crescentes em relação a outras teorias pesquisadas sobre as prováveis etiologias do autismo, no entanto nenhuma delas é taxativa e esclarecedora. Conforme expresso a seguir: “Autismo é síndrome comportamental com etiologias diferentes, na qual o processo de desenvolvimento infantil encontra-se profundamente distorcido” (BOSA, 1998, p.01).
Sabemos que a inserção de crianças autistas nas escolas regulares cria novos questionamentos acerca do autismo, e posteriormente, pode gerar novas possibilidades para a criança autista. Segundo a Declaração de Salamanca (1994) a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas escolas regulares se faz necessária como democratização das oportunidades educacionais. Entretanto, devemos ter prudência em não confundir inclusão com “colocação”, a partir da primícia de que "democratizar as oportunidades educacionais" seja apenas colocar alunos portadores de deficiências nas escolas regulares. De acordo com a seguinte fala:
A simples matrícula destes alunos não é suficiente para garantir efeitos potencializadores de desenvolvimento e aprendizagens. Pelo contrário, a inserção em certos espaços pode promover, inclusive, o rechaço da própria escolarização como um todo (VASQUES, 2003, p. 61).
Nessa perspectiva, salientamos a importância dos programas de treinamento