De uma atitude “especificamente estética”.
Uma atitude “especificamente estética” recai sobre objetos naturais ou artísticos e estes desencadeiam no sujeito uma postura apreciativa sobre o objecto em questão, sendo o sujeito um ser desprovido de qualquer olhar interesseiro sobre a possível função do objecto – isto para que, uma experiência estética seja possível. Esta perspectiva é apresentada pode Jerome Stolnitz e, apesar de ser uma teoria estruturada, apresenta algumas contraposições. Contudo, pela sua importância cognitiva, o texto “A Atitude Estética”, do autor já mencionado, será o fundo de apoio da análise que se segue. Para o início do estudo sobre este tipo de atitude, considero relevante atender a uma ideia dos dois conceitos …exibir mais conteúdo…

Continuando, de acordo com o que é apresentado pelo autor, “as coisas não devem “ser classificadas, nem estudadas, nem ajuizadas. Elas são em si aprazíveis, ou excitantes ao olhar” - como afirma Jerome. Importa, também, realçar a diferença entre objetos “desinteressados” e “não-interessados”, pois estamos a salientar o desinteresse necessário para que a atitude estética seja possível, o que não impede que o objecto seja, para nós, interessante, e que por isso mesmo, tenha merecido a nossa atenção.
A palavra complacentes, na definição de atitude estética apresentada por Jerome, refere-se ao modo como aceitamos o objecto tal e qual como é. Nada deve estar entre o objecto e o sujeito, isto é, nenhuma outra questão, como por exemplo, a moral, deve existir (entre os mesmos) para que seja possível este tipo de atitude. Assim, adquirir uma postura complacente é permitir que o objecto mostre o que pode ter de interesse nele e que, assim, possa despertar “curiosidade” que leve a percepcioná-lo. Desta forma, como diz Stoniltz, temos que “inibir as reações não complacentes com o objecto, que nos alienam dele ou lhe são hostis”.
Como já referido, a atenção é dirigida para o que mais se destaca para cada sujeito – daí que seja seletiva. Se da percepção estética se diz que é “um olhar vazio”, porque para a atitude estética existir devemos de nos concentrar no objecto, e não nos