As teorias de Melanie Klein e Sigmund Freud: O Superego e suas Implicações clínicas
O Superego e suas Implicações clínicas1.
O presente trabalho visa oferecer uma diferenciação teórica que abrange questões divergentes dentro de abordagem teórica em psicanálise a partir das elucidações de Freud e Melanie Klein a respeito de suas considerações sobre superego, onde então podemos também perceber as conseqüências no atendimento infantil em psicanálise a partir de cada visão teórica.
Para que se faça um traçado entre os aportes teóricos de Freud e Klein nos faz necessário o esclarecimento sobre o surgimento do superego em ambas as teorias e, como não poderia ser diferente, de forma cronológica serão apontados os esclarecimentos de Melanie Klein em um momento posterior, iniciamos com a teoria freudiana que nos esclarece o superego a partir da elucidação do complexo de Édipo.
Para iniciarmos este percurso pelas elucidações edipianas, complexo que se verifica quando a criança atinge o período sexual fálico na segunda infância (por volta de 4 a 5 anos) e dá-se então conta da diferença de sexos, é imprescindível o artifício da definição, para tanto, contamos com a ajuda do consagrado verbete de Laplanche e Pontalis (1992), que caracteriza o complexo como um:
Conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos pais. Sob a sua forma dita positiva, o complexo apresenta-se como na história de Édipo- Rei: desejo da morte do rival que é a personagem do mesmo sexo e desejo sexual pela