Análise do filme Hannah Arendt em relação ao Massacre do Carandiru (Direito Penal)
900 palavras
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Hannah Arendt é um filme feito com base nos escritos da autora judia alemã de mesmo nome, tendo como principal foco o julgamento do oficial nazista Adolf Eichmann em Jerusalém. Hannah foi ex-aluna e amante do famoso filósofo Martin Heidegger, que posteriormente se filiaria ao partido nazista ao assumir a reitoria da universidade de Freiburg durante o governo de Adolf Hitler. Durante este período, Hannah, por ser judia, foi aprisionada no campo de concentração de Gurs, na França, até que conseguisse escapar juntamente com seu marido para os Estados Unidos da América. Tornou-se famosa escritora e professora universitária, tendo escrito, entre outros temas, sobre as origens do totalitarismo. Foi eventualmente convidada pelo jornal The
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O filme encerra após uma palestra na qual Hannah esclarece suas ideias e defende-se das críticas, no entanto sem conseguir resgatar a confiança de seus velhos amigos. Numa conversa com seu marido, chega à conclusão que mesmo se soubesse tudo que transcorreria, aceitaria a proposta de qualquer maneira. Hannah continuaria a escrever sobre o tema até o fim de sua vida.
O tema da 'banalidade do mal' é relevante ao se discutir a respeito da responsabilidade de cada pessoa nos casos que envolvem relação de hierarquia. Se seria correto que alguém responda por atos que tenham sido, de seu ponto de vista, em conformidade com as regras a que estivesse submetido no momento. Um caso contemporâneo em que se observa tal questão seria o Massacre do Carandiru, ocorrido em outubro de 2002 com repercussão internacional. Segundo números oficiais, 111 presos foram mortos em uma tentativa de conter uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo, popularmente conhecida como Carandiru por localizar-se no bairro de igual nome, que teve inicio após uma briga entre duas facções dentro do presidio. Das 111 mortes, 102 ocorreram depois da intervenção da Polícia Militar quando os guardas não se provaram suficientes. Relatos indicam que os policiais abriram fogo contra os presos indiscriminadamente, disparando inclusive contra os que haviam se rendido ou se escondiam em suas celas, e sem prévios esforços para resolver o conflito pacificamente. O incidente tornou-se uma das