Análise da obra Capitães da Areia de Jorge Amado
Jorge Amado
1. Contexto histórico-social da época. A história é ambientada no início do Século XX. A Bahia sofria com uma terrível epidemia de varíola e era visível o desgaste político da região, que tem por consequência a desestruturação das forças policiais, gerando aumento na criminalidade e no abandono de menores por famílias de classe baixa. É exatamente nesse meio que os garotos que se intitulam os “Capitães da Areia”.
Jorge Amado viveu num país tomado pela luta de classes, durante a ascensão de Getúlio Vargas (período de atuação da censura e posicionamento do Brasil na 2ª Guerra Mundial). Essa “luta” por um país mais igualitário e a tomada de consciência da situação em que o Brasil se encontrava na época …exibir mais conteúdo…
A maioria dos garotos abandonados pela cidade não possuem emprego ou algo para lhes dar base de progredir na vida (é possível notar através do romance que nem todos são completamente vazios. Por exemplo, o capoeirista Joao-de-Deus ou Professor, que possuem ensinamentos para compartilhar). A sociedade tem medo das ruas e do que pode vir delas, se escondendo como podem das temidas noites baianas e dos grupos de infantes marginais.
Recentemente pudemos observar nos noticiários e nas redes sociais, como o Twitter, uma situação de medo semelhante, com a greve dos policiais da região baiana.
4. Relação entre os problemas analisados na obra e o contexto histórico da época.
[VOCÊ DISSE QUE FARIA ESSE]
5.1 Quem foi Jorge Amado.
Jorge Leal Amado de Faria é um dos autores mais consagrados da literatura em língua portuguesa; nasceu em Itabuna, em 1912 e viveu até 2001. Escreveu alguns dos textos mais traduzidos da nossa língua para o mundo e possui títulos que ficaram famosos na televisão ou são referências de enredo, como Gabriela Cravo e Canela e Tieta do Agreste (quase todos com intenso teor de análise e crítica social nas entrelinhas, ou mesmo de forma explícita como no próprio Capitães da Areia).
5.2 Período literário da obra. Capitães da Areia está contido na segunda fase do Modernismo Brasileiro, com alguns traços da primeira fase. É uma característica marcante do movimento