América Latina: da construção do nome à consolidação da ideia
O “descobrimento” da America gerou muitos impactos na sociedade da época, sobretudo no imaginário sobre as extensões além-mar. Estavam diante de um novo continente, embora não o soubessem, e por isso era necessário um nome para identificá-lo. A história da construção da identidade desse vasto território coincide, portanto, “com o período de tentativas de apropriação desse imaginário – e consequentemente das riquezas materiais que o acompanhavam” (FARRET, Rafael Leporace; PINTO, Simone Rodrigues, 2011, p.31). No entanto, os povos oriundos dessa região sequer foram valorizados nesse processo. Desde o inicio a América Latina foi se estabelecendo como periferia do mundo ocidental. Por essa razão o conceito de “América Latina” se torna complexo, pois corresponde a vitoria de um grupo frente aos demais: a elite criolla espanhola.
Uma das complexidades desse termo consiste na sua imprecisão. Imprecisão em identificar quais países pertencem-no, ou quais são os critérios utilizados para determinar qual país pertence ou não a essa denominação. A outra complexidade provém do “aspecto negativo de se abordar de maneira una e homogênea uma extensa região que, na verdade, é extremamente diversificada do ponto de vista étnico, cultural, linguístico, político e econômico” (FARRET, Rafael Leporace; PINTO, Simone Rodrigues, 2011, p.31.
Arturo Ardao considera importante, antes de explicar a construção da ideia e do nome