Ajuda aos pobres - interpretação do passado
Na antiguidade, não podemos dizer que não existissem pobres e miseráveis. A pobreza era o estado daqueles que não contavam com meio de subsistência, ou porque eram velhos e doentes ou porque não tinham arrimo para sustentá-los, como as viúvas e as crianças órfãs ou abandonadas. O sistema socioeconômico ̶ nômade, semissedentário ou sedentário, baseado na pecuária e agricultura de subsistência ̶ oferecia trabalho para todos os membros da tribo ou clã. A miséria só parecia em época de crise econômica, causadas pelas invasões, guerras, catástrofes, que, destruindo cidades, habitações e lavouras, provocavam a falta de alimento e de trabalho.
A assistência aos pobres, aos velhos, aos abandonados constituía, então, …exibir mais conteúdo…
Sobre influência de alguns escritores, entre eles Jean Jacques Rousseau, nasce a “filantropia’’, ou seja, a caridade secularizada, separada muitas vezes da ideia religiosa, e considerando o auxílio ao outro como um dever de solidariedade natural”. * Jean Luis Vives (1492-1540) Jean Luis Vives nasceu em Valência, na Espanha, no dia 6 de março de 1942, ano da descoberta da América, do término da Guerra da Reconquista, que libertou a Espanha do domínio dos mouros, e da publicação da primeira gramática espanhola. Nasceu, assim, em plena era de progresso, quando se esboçava a, separação, entre os poderes públicos, e espirituais e mudava de rumo a política dos ‘’Grandes’’ da época. Vives ingressou no mundo das letras escrevendo sobre filosofia, assunto que àquele tempo apaixonava a opinião pública, do mesmo modo que a política na época atual. Vives possuía ideias originais para seu tempo, principalmente em assunto pedagógicos, o que, provavelmente, lhe valeu um convite da rainha da Inglaterra, Catarina de Aragão, que, aconselhada por Thomas Moore, o escolheu, em 1525, para preceptor de sua filha Mary. Chamado, no entanto, a opinar sobre o divórcio do rei, Vives não o aprovou e se viu obrigado a deixar a Inglaterra. Em pedagogia, Vives se pronunciava contra as punições, principalmente as corporais; salientava a importância de observação das crianças em seus jogos, para melhor conhece-las; sustentava a necessidade da