Aconselhamento não diretivo
CASO ILUSTRATIVO DO ACONSELHAMENTO NÃO-DIRETIVO
O CASO DE MARGARIDA CASTRO
Margarida foi enviada ao orientador por seu médico assistente, que exigiu um exame psicológico da mesma, antes de dar início a qualquer tratamento especificamente clínico. Na sua opinião, os sintomas apresentados por Margarida, perda de peso, inapetência, insônia, choro fácil e vertigens, eram, em grande parte, decorrentes do estado emocional da orientanda.
Margarida contava 18 anos na época da entrevista que transcreveremos a seguir. Havia sido submetida, recentemente, a uma operação plástica no rosto, que a tornava bastante atraente, ao contrário do que era antes. Foi tal a transformação de sua fisionomia, que ao voltar para sua escola, Margarida não foi reconhecida pelos professores e nem mesmo por suas colegas.
Segue-se a entrevista que teve com a orientadora:
M. – Bem, aqui estou. Acho tolice ter vindo, mas Dr. Carlos insistiu tanto que lhe prometi que viria, apenas por uma hora. De maneira que aqui estou. Podemos começar...
O. – Você veio porque seu médico insistiu, e não porque sentiu necessidade (clarificação de vivências emocionais).
M. – Exatamente. Ele disse que não tenho nada fisicamente e que todos os sintomas que apresento são de fundo emocional. Ele acha que estou muito perturbada emocionalmente (rapidamente). Bobagem dele! Estou perfeitamente bem. Não estou perturbada com coisa alguma.
O. – Você sente que seu médico está errado quando afirma que você está