Aconselhamento diretivo e não diretivo
7210 palavras
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REPENSANDO AS FASES DO PENSAMENTO DE ROGERS Adriano Holanda Psicólogo e Psicoterapeuta, Mestre em Psicologia pelo Instituto de PsicoloGia da Universidade de Brasília, Professor do Departnento de Psicologia do CEUB/DF INTRODUÇÃO Uma proposta de “repensar” uma teoria já se mostra, na base, pretensiosa. Na realidade, a pretensão de se rediscutir um assunto tão antigo e já tão debatido se deve a uma necessidade pessoal. Necessidade esta de caráter teórico quando da perspectiva das idéias de Rogers, e prático quando da aplicação destas idéias à situação de consultório, mas fundamentalmente, à transmissão destas idéias. O que representa, hoje em dia, a Abordagem Centrada na pessoa? Uma teoria de personalidade, um esboço metodológico, uma “linha” terapêutica ou uma filosofia de relações humanas? Eu me atreveria a dizer que nenhuma dessas e todas, ao mesmo tempo. Todavia, estas asserções não conseguem abarcar a importância histórica e metodológica das idéias de Rogers. A perspectiva de Rogers é revolucionária no seio da prática psicoterapêutica, mas não apenas ai. Num de seus artigos autobiográficos, Rogers revela seu próprio espanto ante a penetração de suas idéias aos mais variados campos de atuação. Escreve ele seu trabalho e de colaboradores: “Revolucionou o campo do aconselhamento. Permitiu que a psicoterapia fosse examinada e pesquisada abertamente... Desempenhou um papel na mudança ocorrida nos métodos de ensino em todos os níveis. Foi um dos fatores responsáveis pelas