Aberrações sexuais
Introdução
Freud, no ano de 1905, publica os Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade, que, certamente, revoluciona a compreensão dos fenômenos sexuais, produzindo mudanças radicais na concepção da sexualidade humana. Este artigo está dividido em três partes. Na primeira, discorre sobre as aberrações sexuais, introduzindo pela primeira vez a palavra pulsão a fim de diferenciar a sexualidade humana – pulsional – da sexualidade dos animais (instintual), pois, ao contrário da fixidez do instinto, a pulsão admite variações em relação ao objeto e ao objetivo sexual.
Freud abre o primeiro capítulo descrevendo os processos psicológicos das chamadas aberrações sexuais, através dos diversos desvios existentes quanto ao objeto sexual e quanto à finalidade sexual. Assim, introduz os termos: objeto sexual (pessoa de quem procede a atração sexual) e alvo sexual (ato a que a pulsão conduz) aludindo a que frequentemente ocorrem desvios em relação tanto ao objeto quanto ao objetivo sexual.
O conceito de perversão a perversão está relacionada à sexualidade, pois diz respeito a práticas sexuais que extrapolam o objetivo do coito. Nesses casos, o orgasmo é obtido através de práticas ou objetos desviantes do normal, sendo as perversões o resultado do desenvolvimento da pulsão sexual em zonas erógenas distintas dos genitais.
Em Vocabulário da Psicanálise, Laplanche e Pontalis (1992, p. 341) definem perversão como sendo o:
Desvio em relação ao ato sexual normal,