A televisão levada a sério- resenha
O autor Arlindo Machado, em seu livro “A televisão levada a sério”, se propõe a estudar a televisão de uma forma distinta daquela tradicional, que parte do pressuposto que a televisão é algo ruim, com programas pobres de conteúdo e banalizados.
Partindo da citação de Machado em que ele explica que para falar de televisão, é preciso defini-la juntamente com o conjunto de experiências que chamamos de televisão, temos a descrição abaixo:
Televisão é um termo muito amplo, que se aplica a uma gama imensa de possibilidades de produção, distribuição e consumo de imagens e sons eletrônicos: compreende …exibir mais conteúdo…
As principais críticas dirigidas à televisão decorrem principalmente do desconhecimento da diversidade existente neste meio. Muitos escrevem sobre o meio sem citar um único programa.
De uma forma geral os intelectuais de formação mais tradicional resistem a tentação de vislumbrar um alcance estético em produtos de massa, fabricados em escala industrial. No seu modo de entender, a boa, profunda e densa tradição cultural ( literatura, música, teatro e artes plásticas), lentamente filtrada ao longo dos séculos por uma avaliação critica competente, não pode ter nada em comum com a epidérmica superficial e descartável produção em série de objetos comerciais de nossa época daí porque falar em qualidade ou criatividade a propósito da produção televisual só pode ser perda de tempo.(Machado, Arlindo. A televisão levada a sério, São Paulo, 2000, p.23)
Um exemplo disso é a citação que Machado faz a um trecho do livro “A telenovela brasileira”, de Artur da Távola, em que o autor diz que “A televisão nunca será um produto de vanguarda.”(...) “No momento em que se propõe a ser vanguarda, perde a conexão significante com os segmentos majoritários do mercado.”
Conhecemos muito pouco o que a televisão produziu efetivamente nos mais de cinquenta anos de história, ou conhecemos apenas o pior , como se só o pior fosse efetivamente televisão. (Machado, Arlindo. A televisão