A partida do audaz navegante
1417 palavras
6 páginas
A partida do Audaz NaveganteA obra de JOÃO GUIMARÃES ROSA, Primeiras estórias no conto intitulado “A partida do audaz navegante", o autor nos faz refletir sobre a poética do pensamento infantil, a arte de filosofar presente na infância. O conto citado revela a presença de um pensamento infantil lírico e filosófico sobre as situações cotidianas, rompendo com os paradigmas tradicionais e previsíveis. Se faz presente neste conto, as marcas da oralidade, os desvios sintáticos nos diálogos dos personagens mostrando a força do pensamento infantil, a criação de palavras principalmente por parte da personagem principal Brejeirinha, este pensamento que leva a protagonista para lugares onde ninguém consegue chegar, que provém de sua imaginação. …exibir mais conteúdo…
Colocou um chapéu de papel no monte de excrementos dizendo ser o boné do capitão e assim o monte se foi enxurrada. Logo depois a mãe chamou a todos para tomar café e todos foram correndo. A irmã e o primo se reconciliaram e a paz voltou para dentro de casa.
Podemos assim dizer que esta é uma história criada da imaginação infantil, uma imaginação extremamente fértil, como é a imaginação da maioria das crianças, Guimarães Rosa retrata nessa obra a sua notável capacidade de “enxergar”, o imaginário do outro.
A Filosofia da Infância de Gareth B. Matthews
Uma das indagações Gareth Matthews é a questão da criança como filósofa natural, a fases dos porquês, fase de indagações, curiosidades, inferências, até à idade dos 8 ou 9 anos e à partir daí esta atividade do questionamento, das indagações se calam, que podemos correlacionar com o significado de infante aquele que não fala, não sabe falar como adulto. Matthews discorre sobre o potencial filosófico da criança e da infância como área de investigação filosófica, explora o pensamento infantil e a forma como adultos pensam sobre elas. Em seu livro A Filosofia da Infância nos faz refletir diante de ações, expressões com relação mente, e nos mostra a grande perda quando silenciamos a infância.
Platão se refere às crianças, basicamente, por meio de duas palavras: paîs e néos. 2Paîs remete a uma raiz indo-européia que toma a forma pa/po em grego e pa/pu em