A organização do currículo currículo: entre disciplinaridades, interdisciplinaridades … e outras idéias! sílvio gallo
2475 palavras
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1. ABRINDO A QUESTÃO... “ Estamos acostumados, nas escolas, a trabalhar no contexto das chamadas “grades curriculares”. Em geral, elas são compostas por disciplinas, cada uma delas representando uma área do conhecimento humano.” (Gallo, 2009, p.15) ;
• “...olhamos para a história, porém, vemos que esta tendência é antiga. Ainda durante a antiguidade grega e romana veremos diferentes exemplos de conjuntos de saberes que eram chamados a compor o conjunto de “artes e ciências” a serem aprendidas. As diferentes áreas – podemos dizer disciplinas – sofreram uma série de alterações, culminando na organização dupla feita por Marciano Capella (410-439) sob o nome de trivium (gramática, retórica e filosofia) e quadrivium (aritmética, geometria, …exibir mais conteúdo…
As respostas então construídas estavam inseridas naquele contexto social e eram necessariamente globalizantes: misturavam religiosidade, engenhosidade e praticidade.” (Gallo, 2009, p.17) ;
• “ ... os primeiros conhecimentos sobre o mundo construídos pelo homem não estavam dissociados, mas todos brotavam de um ponto comum e procuravam explicá-lo; ao surgir a Astronomia...” (Gallo, 2009, p.18) ;
• “...dando maior impulso à Matemática e à Geometria; a explicação dos movimentos que ocorriam na Terra e no Universo levava à Física e a mais avanços na Matemática, e assim sucessivamente...” (Gallo, 2009, p.18) ;
• “E o mesmo ocorre com as demais ciências, pois quanto mais conhecimentos são acumulados sobre uma determinada faceta do saber, mais difícil fica para que cada indivíduo domine a totalidade do conhecimento global sobre a realidade.” (Gallo, 2009, p.18) ;
“É evidente que a perspectiva da especialização nos trouxe inúmeros benefícios, promovendo imensos avanços no conhecimento, mas é preciso que não percamos de vista a necessidade de compreender sempre essas especializações como parte de um todo complexo e inter-relacionado, sob pena de desvirtuarmos o próprio conhecimento adquirido ou construído.”