A obra de arte e o espectador contemporâneo, resenha do texto de alberto tassinari
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O conceito, a forma de se pensar, observar e realizar arte, manifestamente, mudou ao decorrer do tempo. Na Idade Média, arte era produto de uma ação mecânica, técnica. O Renascimento e sua ideologia inovadora libertam a arte destes padrões formais. O século XVIII, por sua vez, está vinculado essencialmente com a estética. No entanto, somente a partir do século XX que a técnica iniciou seu verdadeiro processo de desmistificação e foram agregados outros valores, igualmente importantes, para a obra de arte. Tal “processo evolutivo” teve um reflexo na complexidade e abrangência do significado da “arte”, muito discutido por historiadores, na tentativa falha de classificá-la, ou melhor, conceituá-la em apenas um termo, chegando assim na sentença
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O fazer está então, intimamente ligado com a legitimação do artístico em uma obra de arte, de acordo com teorias recentes. Para que esta legitimação ocorra, é necessário compreender como se deu o processo analisando a obra finalizada e isto não é evidente. Outro auxiliador para esta questão é o espaço da obra, fundamental, também, para a concretização da mesma. Esta falha do que não é claro em análise, torna este método ineficaz, pois nesta procura, só se encontrará uma imitação do fazer da obra e não o fazer em si. Porém, quando se considera a obra finalizada se conclui que ela é uma união dos sinais de seu fazer, concluindo assim que a artisticidade do espaço em obra está, então, na imitação, a qual não deve ser vista pelo legado do modernismo que a dita como obscurecimento moral, mas como um meio para a singularidade de cada obra. Os sinais do fazer, os imitantes, são singulares, já o fazer imitado, não, podendo ser compreendido como uma regra. A artisticidade de obras em um espaço em obra é arte se imita bem o seu fazer.
No entanto, esta conclusão é um tanto simplista. Um conceito para a obra de arte é importante para garantir sua continuidade, ou pelo menos, sua possibilidade no mundo contemporâneo, com novos padrões que não oferecem suporte suficiente para engendrá-la, devido a sua inutilidade. Em outros séculos, a arte