A inglaterra anglo-saxónica

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No século V e na sequência do desmembramento do Império Romano, a Inglaterra - Britanniae, que era a região menos romanizada, ficou sem um governo central, deixando os bretões, mais ou menos, por conta deles, o que facilitou as invasões de três tribos germânicas: os Anglos, provenientes do actual Slesvig, os Saxões provenientes da Alemanha e Jutos do norte da Dinamarca. Estes encetaram a destruição do pouco que restara da dominação romana, destruindo as terras e propriedades da população local e reduzindo-a à servidão. Estes acontecimentos trágicos foram relatados, anos depois, em 540, por Gildas, um monge bretão, no seu opúsculo – A Destruição Britânica e sua Conquista, que ficou como o único registo daquele conturbado século, naquela região.

O estabelecimento, a partir de 449 destes povos na Inglaterra marcou, sem dúvida, uma ruptura cultural com a presença romana, em particular na área da língua e da religião. Na área da língua, os anglo-saxões obliteraram o celta e o latim, ao desenvolverem uma série de dialectos que influenciaram a criação de um idioma comum e do qual deriva o Inglês actual. A conservação desta língua caminhou paralelamente com a toponímia. Os nomes foram praticamente renovados, com excepção de alguns rios e de acidentes geográficos mais genéricos. No entanto, o latim manteve-se como língua de comunicação escrita e oral nas situações relacionadas com o Estado, as leis e a Igreja.

A Inglaterra neste período anglo-saxão, era uma sociedade fortemente

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