A igreja cristã na alta idade média - domínio da sociedade pela religião
Resumo: Este artigo busca promover uma breve reflexão sobre o poder da Igreja Cristã na Europa, desde a decadência do império romano e construção dos reinos germânicos até o fim da alta idade média, quando se consolida o sistema feudal. E ainda, sua atuação e influência nas mudanças do sistema social, e consequentemente na formação da sociedade daquele período.
Palavras Chave: Igreja, poder, sociedade, Europa.
O cristianismo percorreu dois mil anos de história, continua atuante nos dias de hoje, e esteve sempre presente nas relações sociais da civilização ocidental. Particularmente em Roma, a sociedade cristã …exibir mais conteúdo…
Ainda pesou a favor da acumulação de poder econômico o fato da instituição ser isenta de muitos impostos pagos sobre propriedades e bens. No ano de 756 quando da formação dos Estados da Igreja, marcada pela doação das grandes extensões de terras espalhadas pela Itália, denominadas de Patrimônio de São Pedro ao papado, e em seguida após a morte de Carlos Magno em 814 (quando o clero do Reino Franco fica submetido à Igreja de Roma), o poder da Igreja Cristã se fortalece e torna-se independente da proteção do imperador. A partir daí coube a própria Igreja escolher o papa (dirigente supremo da cristandade ocidental), aprovar a nomeação de bispos, criar contribuições, taxas e impostos que seriam cobradas aos cristãos.
Ainda em relação à economia, a Igreja atuou de várias maneiras sobre as sociedades e as instituições da Idade Média, até mesmo ditando regras econômicas. Encontramos em AQUINO, FRANCO e LOPES exemplo dessas atuações:
“A Igreja formulou igualmente inúmeros princípios relativos às atividades econômicas que deviam atender às necessidades da comunidade e não ao proveito individual; por isso condenou a usura, a especulação e impôs o justo preço: o preço de um produto devia corresponder à soma do preço do custo mas o correspondente à justa retribuição pelo trabalho realizado na produção da mercadoria. Caberia às corporações e autoridades municipais calcular o “justo preço, que permitiria ao trabalhador e à sua