A filosofia de immanuel kant
Immanuel Kant foi um filósofo e pensador alemão que viveu na cidade de Konigsberg (Prússia). Nascido em 22 de abril de 1724, nunca deixou sua cidade natal, permanecendo aí até sua morte em 12 de fevereiro de 1804. Para entender a filosofia de Kant, precisamos entender também suas influências que, podemos dizer, foram contraditórias. A primeira foi a de sua mãe, Regina Reuter, através da linha religiosa do pietismo (corrente radical do protestantismo luterano que põe em voga a percepção do crente como pecador e a necessidade de regeneração moral), neste caso, Kant lembra muito a situação de Agostinho e a influência de sua mãe Mônica. A segunda concerne à literatura que o influenciou e entre …exibir mais conteúdo…
O mérito moral é dado pelo esforço que fazemos para submeter nossa natureza às exigências do fazer por dever (Kenny, 1999). O problema da teoria moral de Kant estava no fato desta se referir essencialmente ao mundo metafísico, ao mundo das idéias (supra sensível, numenal), sendo assim, a moral kantiana encontrava dificuldade em ser aplicada ao mundo externo (sensível, fenomenal), ao mundo dos sentidos, ou seja, se ser colocada em prática. Para suprir tal lacuna, Kant desenvolve a teoria contratualista do Estado, como forma a tentar contornar a idéia de uma moral confinada ao mundo dogmático-metafísico e desenvolver sua realização (moral) concreta e institucional (Quintana, 2012). De acordo com Kant, esse contrato seria o acordo voluntário de todos os indivíduos enquanto sociedade com o Estado, para que este através da formulação de normas jurídicas/legais institucionalizasse a norma moral (fruto do imperativo categórico de agir por dever moral). Sendo assim, a norma jurídica e a norma moral tem estreita relação de complementaridade. A liberdade postulada por Kant que se refere ao agir sem depender de motivações ou objetivos pessoais e à auto legislação não se perde diante do contrato social. Ao contrário, a liberdade externa renova-se na liberdade legal já que a norma jurídica é consequência fenomenal da norma moral, numenal. É importante ressaltar que enquanto a norma moral não possui atributo