A expansão da revolução industrial
1.1.1 A LIGAÇÃO CIÊNCIA-TÉCNICA
Os primeiros avanços da indústria fizeram-se com maquinismos concebidos por artesãos ou pequenos empresários que se aplicaram no melhoramento dos seus instrumentos e técnicas de trabalho.
Em meados do século XIX, esta situação alterou-se profundamente, isto é, o progresso técnico transformou os maquinismos industriais em estruturas complexas, que exigiam sólidos conhecimentos teóricos e, a concorrência cada vez maior entre as várias empresas do mesmo ramo obrigava a uma atualização permanente das tecnologias e fabrico.
Neste contexto, os institutos e as universidades assumem um papel fundamental, formando técnicos especializados com a necessária preparação científica. Inaugura-se, então, a época dos engenheiros e da estreita ligação entre a ciência e a técnica.
Para vencer a concorrência e conquistar o mercados, as grandes empresas começam a investir somas enormes na investigação, equipando modernos laboratórios, onde trabalha uma equipa de “sábios” credenciados. Porém, a invenção raramente será produto de um génio solitário, mas sim de um trabalho coletivo e cientificamente conduzido.
Á descoberta do laboratório segue-se a conceção do novo produto ou da nova máquina, que a indústria se apressa a produzir. Cada avanço dá origem a novos desafios aos quais a ciência se esforçará por dar resposta. Gera-se, assim, um novelo de progressos cumulativos que resultam num progresso tecnológico sem paralelo: