A dominação masculina - pierre bourdieu
BOURDIEU, P. A Dominação Masculina. Tradução Maria Helena Kühner. 3ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
Publicado pela primeira vez em um artigo, em 1990, chamado “A dominação masculina”, sendo em seguida transformado em livro, detemo-nos a síntese da 3ª edição, traduzida e publicada no Brasil no ano de 2003. Onde, o sociólogo Pierre Bourdieu, aborda a questão da dominação masculina, usando como instrumento de análise a sociedade cabila, que é ordenada pelo princípio androcêntrico, ou seja, o masculino é visto como superior ao feminino hierarquicamente e é construído contra e em relação a este. Utilizando-se de uma perspectiva simbólica, pela quais determinadas estratégias e …exibir mais conteúdo…
Ao final do capítulo, traz para discussão a questão da virilidade e violência, expondo que, se as mulheres são submetidas a uma atividade de socialização que tende a diminuí-las, a negá-las, fazem a aprendizagem das virtudes negativa da abnegação, da resignação e do silêncio, os homens também estão prisioneiros e, sem se aperceberem, vítimas, da representação dominante. Representação que lhes impõe o dever de afirmar, em toda e qualquer circunstância, sua virilidade. Que é entendia como capacidade reprodutiva, sexual e social, mas também como aptidão ao combate e ao exercício da violência, configurando-se como uma carga.
Sendo assim, finalizando este capítulo, com o intuito de pensá-lo de forma mais crítica, trago outros questionamentos:
Se o mundo é regido por um sistema de oposições homólogas, a oposição entre feminino e masculino, especialmente em relação ao corpo, seria a que mais interferiria na hexis corporal dos agentes, promovendo uma diferenciação ainda maior?
Bourdieu descreve que a dominação masculina não é algo invariável e eterno, mas sim, é produto de um trabalho incessante de reprodução, de agentes específicos e instituições. Como promover uma ruptura nesse processo? As mulheres por si só, seriam os agentes que poderiam promover essa ruptura?
A mídia seria uma nova