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Vale deixar explicitado que entende-se como simbólico, todo o universo sentimental-afetivo enquanto mulher dotada de sexualidade e fertilidade. E, é na materialidade cotidiana que afloram conflitos, avanços ou subordinações por parte das mulheres, por causa da condição simbólica do ser Mulher com corpo e mente de mulher que pensa e decide a partir dessa condição, diferente, portanto do ser homem. As diferenças são diferenças, entretanto, devem ser encaradas como diferenças, jamais como oposição/contradição. Constantemente o capitalismo coloca a condição de ser Mulher como sendo contradição, inverso do homem, o que não é. Para o mundo capitalista machista, é difícil conceber a idéia do diferente, da diversidade, porque subentende-se mais do que um tipo de pensamento, e, pensar o diferente é extremamente dolorido[7]
Pois bem, para continuar falando sobre o universo das mulheres, opto, aqui, porfazer o recorte de classe, falando mais especificamente das mulheres trabalhadoras ou desempregadas pobres. Não que as mulheres burguesas não sofram as conseqüências da sociedade patriarcalista, elas, muitas vezes, são obrigadas a negar a sua condição de ser menos, para manterem o "status" e se manterem na própria classe.
Mulheres pobres estão no mundo do trabalho, e, no Brasil, por muito tempo a função delas foi gerar mão-de-obra barata para movimentar a máquina do desenvolvimentismo[8]A tarefa de gerar muitos filhos, de preferência, homens, não aliviava a jornada de trabalho "normal" destinada a elas[9]A cultura do trabalho ficou mais evidente para com as imigrantes, pois já vieram de outros continentes com esse papel. As mulheres negras eram obrigadas ao trabalho escravo, não geravam tantos filhos/as porque, como forma de resistência, abortavam por opção ou "espontaneamente" por causa da insalubridade do trabalho a que eram submetidas. No decorrer da história brasileira, se constata que além das imigrantes, as mulheres da formação miscigenada entre indígenas, negras e brancas passaram a assumir função de geradoras de mão-de-obra. Sendo assim, o universo simbólico delas recebe uma Ordem, tendo a igreja católica, de forma especial, o papel de fiscal dessa atribuição. O capitalismo nascente no país precisava de boas parideiras, fiéis a seus maridos, de preferência. Percebe-se com isso, quem manda e define sobre o universo simbólico do ser mulher.
O capitalismo vai se aprimorando e a população cresceu muito a ponto dele poder descartar uma parcela das pessoas. Tem-se um grande exército de reserva no Brasil já da década de 1970. Após a "fase" forte do êxodo rural nas décadas de 1970-80, entramos na era neoliberal da globalização da economia, onde as máquinas, mais do que nunca, substituem as pessoas. Praticamente tudo passa a ser descartado, porque é preciso consumir muito, sempre. Os Estados Unidos já se constituíram potência imperialista, fortalecidos pela segunda guerra mundial e por isto impõe sua política sendo que as palavras de ordem são: Lucro, consumo, e, descartável. (o descartável gera o consumo de outro, descartável sempre) Mas, que isso tem a ver com o universo simbólico das mulheres, com sua sexualidade e fertilidade?
Ser um Ser fértil, capaz de engravidar, por um lado gera consumo (para quem pode), mas, por outro é um problema, por causa do mercado de trabalho, e mesmo da força de trabalho na roça. Uma criança é dependente e precisa de alguém para cuidá-la. A sociedade patriarcal atribuiu essa atarefa ás mulheres, até porque, num primeiro momento, as crianças dependem da alimentação do seio materno, com raras exceções. Logo, as mulheres oscilam no mercado de trabalho e não raramente abandonam planos de carreira por causa da maternidade. No caso das camponesas, o fato de engravidarem faz repensar a força de trabalho que move a unidade de produção. Muitas vezes isto não é visto com bons olhos. Parece que a mulher está atrapalhando algo, ou por causa da condição dela, as coisas saem "do esquema".
Quanto maior a pobreza, maior a culpa da gravidez por parte das mulheres. Parece que ela e somente ela é responsável por engravidar e gerar mais bocas famintas. Essa culpabilidade, até poucos anos atrás fazia com que as mulheres escondiam o quanto mais podiam que estavam gestando. O peso de uma religiosidade masculina ou masculinizada e celibatária castradora as proibia (e proíbe) de praticarem aborto. As que recorriam a essa prática, carregavam (e de certa forma carregam) a culpa para todo o sempre.
Na era da modernidade, com o surgimento e aperfeiçoamento dos métodos anti conceptivos, as mulheres passam a ter uma liberdade maior, porém, restrita, ainda, com relação aos seus corpos[10]De um lado liberdade, porque, o fantasma permanente de uma gravidez indesejada passa a ser bem menor. Mas, a tal liberdade ainda é restrita, porque não lhes dá o mesmo direito de viver e assumir a sexualidade que os homens. A naturalização da idéia que homem, desde a adolescência, deve transar parece ser assumida tanto por homens quanto por mulheres[11]Afinal, é um elemento da sociedade patriarcal, pensada e disseminada por homens (brancos, heterossexuais, de boa posição financeira), obviamente.
Já, com relação à sexualidade das mulheres é o contrário. Por mais que deram passos importantes na conquista do direito ao prazer sexual, o fato de fazerem sexo ainda precisa ser escondido. Uma mulher assumir que gosta de fazer sexo e o faz de forma liberal como fazem os homens heterossexuais, sem nenhum problema, lhe dá o título de "puta". E, esse adjetivo o põe como desqualificada, como menos, e, se é pobre, o põe como escória da sociedade. Mulher que assume sua sexualidade é taxada de puta, homem, de garanhão. Prostitutas, em geral, são as pobres e fazem parte da engrenagem dessa sociedade de consumo. Aquelas e aqueles de boa situação financeira que trocam favores e formas de status por sexo, não são tidos como prostitutos e prostitutas. Para o capitalismo é normal a troca ou venda de sexo por um lugar junto aos círculos da elite, e, mesmo de conseguir ou manter empregos ou cargos.
Na sociedade regida pelo liberalismo, as mulheres saem de casa para o mundo do trabalho ou se encontram no mundo do trabalho, mas estão, em grande parte, fora das esferas de decisão[12]Muitas acabam assumindo posturas masculinas para se colocarem e se manterem "no mercado".
Quando falamos da luta, das mulheres na luta dos diversos Movimentos Populares, não podemos esquecer, que mesmo nesse espaço, elas continuam em desvantagem, porque o espaço da luta social não é algo separado da sociedade patriarcal. É nesse espaço que se tenta construir o Novo enquanto Nova sociedade, mas não é consenso, tampouco tranqüilo, o poder das mulheres. Não raras vezes, as mulheres assumem papel de meras tarefeiras e pensam estar inseridas, no entanto quem decide não são elas. De forma geral, muitas delas no Movimentos mistos, acabaram, também, se masculinizando para assumirem postos de direção. Surge uma contradição: entre aquelas que tem que se masculinizar e aquelas que têm que servir sexualmente os companheiros para chegarem a postos de direção ou mesmo conseguirem estudar em alguns cursos propiciados pelos Movimentos. Há o fato, ainda de que muitas delas são obrigadas a negarem sua sexualidade, pelo fato de serem dirigentes de Movimentos[13]Cito esses exemplos que não são generalizados, mas sim, ainda, chagas da velha sociedade para que possamos perceber que não basta a Mulher estar em determinados postos na sociedade. É preciso que as mulheres debatam sobre seus papéis na história, o que deve aceitar e o que não deve aceitar e como vão inserindo os homens em algumas tarefas e reflexões.
As mulheres na luta, seja de cunho sindical, Ongs, ou movimento popular devem se negar a assumirem postos tidos como de mulher "pelo fato de mulher ter mais jeito". Em geral lhes são atribuídas tarefas no campo da educação e saúde. As tarefas estratégicas e de amplitude ainda ficam com os homens em grande parte. Por outro lado, as mulheres precisam atentar para não assumirem um milhão de tarefas (impostas) para provarem suas competências. Isso é típico do patriarcado capitalista machista. Enquanto mulheres, devem ter clareza de que não precisam medir força com os homens para dizerem que querem igualdade. E, a igualdade que se busca é desde que estejam resguardadas as diferenças (de corpo e de pensamento), mas com o cuidado de não caírem na posição de vítima, pois é cômodo e tem sido uma forma de auto proteção. As mulheres precisam se ajudar, cada vez mais, frente aos desafios da construção do Novo, porque há muito o que construírem, quebrarem com muitas naturalizações. Precisam se ajudar para se darem conta, em primeiro lugar do que o patriarcado faz com elas no cotidiano, em todos os espaços.
Para a sociedade patriarcal a servidão da mulher em todos os sentidos sempre foi normal: servir em trabalho ou sexualmente é encarado como natural, inclusive sem direito a reclamação, e ainda, nos dias de hoje, o trabalho das mulheres é visto como serviço. Então, muitas mulheres para conseguirem estudar ou chegar em determinados espaços, trocam favores sexuais. Não que seja culpa delas, e a pretensão, aqui, não é culpabilizá-las, pelo contrário: é mostrar que o poder está segurado nas mãos masculinas e o preço que muitas das mulheres pagam para chegar em determinados espaços é demasiado caro. O papel dos Movimentos sociais/populares é negar as práticas patriarcais arcaicas e construir uma outra sociedade que contradiz todas as formas de opressão para com as mulheres.
Afirmar que a profissão mais antiga das mulheres é a prostituição é uma grande mentira! Temos que nos voltar para a sociedade primitiva para podermos perceber que já houve a sociedade sem classes e as mulheres não eram consideradas seres inferiores. Muito menos precisavam se prostituir para garantirem sobrevivência. Já houve a sociedade matrilinear, onde as mulheres eram consideradas deusas e nesta, pelo que se sabe não havia opressor(a) e oprimido(a)[14].
No geralzão dos 08 de marços as falácias da impressa por demais. Muitos e muitas que falam sobre as mulheres põe como grande feito a inserção das mulheres no mercado de trabalho. Temos que nos perguntar: que trabalhos? Quanto recebem pelo trabalho que realizam? Como é a jornada de trabalho entre tarefas domésticas, cuidados e trabalho remunerado? Que tempo elas têm para as coisas que lhes dão prazer/satisfação? Os cuidados que assumem para com seus corpos no que se refere a uso de cosméticos e cirurgias plásticas é em vista de si, de seu ego, ou para agradar os outros (homens) ou para concorrer com outras mulheres? Por que precisam disputar homens, concorrendo com outras mulheres??
A sociedade capitalista do lucro, do consumo e do descarte, age sobre materiais, sobre a natureza, inclusive, sobre as pessoas e suas relações. O conservadorismo da igreja perde força, até porque é moralista e contraditório dentro da própria igreja, e por outro lado, a confusão é geral. Sai-se de um extremo e se cai em outro. Mas, é uma boa ocasião para ecoar a idéia de que As mulheres não precisam ter donos. É colocado o desfio de novas atitudes e posturas que negam o machismo e o patriarcalismo, mas, como é mesmo esse novo?? Onde já não são exploradas e não exploram? Onde não querem ter dono e não se colocam como donas, também.
A pós-modernidade trás elementos como a quebra de todos os paradigmas e do relativismo. "Ninguém é de ninguém", parece muito bom, não é? Ora não nos iludamos. Essa idéia vale desde que o dono seja o capital. Então, as mulheres e seus universos simbólicos continuam sendo cerceados.
O feminismo ecoa e já não há como negá-lo[15]Muitas mulheres e homens já não aceitam que dizer "mulheres" é somente um faz de conta. Muitos companheiros a partir de um pensamento de esquerda, de que essa sociedade não pode continuar como está, se engajam na luta para colocar o sexo feminino lado a lado consigo. Eles percebem que a "metade" é falha, falta algo. Através do feminismo, que nasce das contradições e da violência contra as mulheres, é que meio na marra se começa a evidenciar os direitos femininos. As mulheres explicitam querer ter direito a viver sua sexualidade, ter direito a prazer, como os homens sempre tiveram. Nada mal, mesmo que tarde. Foi e está sendo uma grande luta. Por isso as feministas foram tratadas como hereges e perigosas. As mulheres, agora quererem mandar em sua sexualidade!!! Isso pareceu demais. Apareceram todos os termos pejorativos possíveis para cima delas...
A questão do direito ao aborto é um questionamento constante dirigido a quem se define feminista. É objeto de campanhas reacionárias por parte de muitas e maioria das igrejas. Também pudera! Este é o típico olhar por parte de quem jamais engravida, jamais precisa batalhar para se sustentar, de quem tem cama e banho bons e garantidos sempre... MAS a questão do aborto não é nada simplória e merece ser amplamente debatido. Quem tem que definir sobre o tema, em primeiro lugar são as mulheres, não os homens, muito menos, os celibatários.
Eis alguns elementos para a reflexão sobre a polêmica:
a não legalização do aborto faz milhares de vítimas no Brasil e no mundo a cada dia, pois as mulheres, especialmente pobres, não encontrando outra saída, abortam clandestinamente, sem segurança;
um aborto significa um grande perda de cálcio e minerais do corpo feminino, que, segundo alguns especialistas, o desgaste físico é maior do que um processo normal de gestação e parto. Uma mulher que aborta leva em torno de dois anos para a plena recuperação do corpo. Realizar abortos seguidamente, leva à seqüelas irreversíveis;
fazer aborto não é bom nem para a mulher, nem para o feto. O ideal seria se as mulheres não precisassem abortar jamais. Para isso, é necessário o comprometimento e a responsabilidade masculina sobre todo e qualquer ato sexual (as mulheres não fazem sexo sozinhas);
quem poderá lucrar ainda mais com o aborto legalizado, são os capitalistas que concentrarão mais essa forma de poder sobre o corpo das mulheres;
a Legalização do Aborto deve ser discutida e implementada, mas, sem perder de vista a perspectiva de superação com A nova sociedade e Novas relações de Gênero. Se as novas relações de gênero implicam em divisão de responsabilidade sem negação do prazer ás mulheres, então, o aborto não será mais necessário, porque o aborto pelo aborto é muito ruim para as mulheres.
Ponto de interrogação... e muitas reticências............ as novas relações
Ora, diante daquilo que com razão e justeza as mulheres reivindicam, que é direito ao que é bom, seja no campo sexual ou não, algumas reflexões prematuras.
Em primeiro lugar, as mulheres têm tanto direito à sexualidade e ao prazer que os homens. Entretanto, são as filhas mulheres que são vigiadas, que são tidas como objeto de vigilância, por causa da moral estabelecida, a qual é patriarcal. Dizer NAO ao ato sexual ainda está muito sob responsabilidade das mulheres. Com isso ainda transparece que homem não usa seu cérebro para raciocinar sobre essas questões.
Em nome do lucro as pessoas vão na onda do quanto mais posso Lucrar "pegar", e se pego, descarto, porque é objeto... fez objeto as pessoas e grande parte das relações. A exploração da natureza para tirar lucro máximo sem olhar para a conseqüência fez o mesmo entre os humanos. Só que quem sofre grande parte das conseqüências são as mulheres. Em geral são os corpos delas que precisam se intupir de bombas de anti-concepcionais, são elas, que precisam ingerir a pílula do dia seguinte ou fazer aborto. São seus corpos que querem direito ao prazer, sendo isto legítimo, que tem que pagar um alto preço. Tanto pagar o preço de ser usada como objeto depositário de esperma, como de entrar na onda de usar o outro como objeto. Essa coisa de parecer "ninguém ser de ninguém" mas de todos passar por todos... em geral ficam as conseqüências trágicas para as mulheres, seus corpos e seus universos simbólicos.
É muito difícil falar das novas relações que precisam, urgentemente, serem estabelecidas entre os seres humanos e destes para com o universo, sendo eles e elas, parte do mesmo.
A proposição aqui, vai na linha do Cuidado, conforme Leonardo Boff:
Que esse Cuidado não signifique tolhimento do prazer das mulheres nem que a carga de responsabilidade fique sobre elas, somente. O saber cuidar deverá proporcionar relações não de descarte nem de uso de um como objeto de outro. A velha moral burguesa da igreja não serve como parâmetro. Temos muito o que construir e que essas construções sejam a partir das mulheres assumirem que estão em desvantagem.
As mulheres assumirem que estão em desvantagem com relação aos homens, significa terem e construírem espaços de debates autônomos sobre assuntos que dizem respeito a si, suas vidas e reapropriação do poder que lhes foi roubado. Por isso, nem todos os debates devem e podem ser feitos junto com os companheiros homens, por que há uma relação de opressor (homem) e oprimido(mulher)[16].
Que a liberdade seja sinônimo de companheirismo, de compartilhamento entre eles e elas. Que elas não precisam ter medo de falar, de dizer suas vontades, seus sonhos, muito menos, de esquecer o sonho pessoal e passar a sonhar aquilo que agrada os outros. Que o amor que as mulheres sentem não precise ser revertido em trabalho e servidão em prol de outros (companheiro, filhos/as).
Que a luta pela legalização do aborto nos países possa fazer parte de um processo de transição, por um necessidade urgente que nesse momento não há como desconsiderar, mas, que as Novas relações consigam superá-lo.
Que as mulheres possam decidir, sim, sobre seus corpos, mas, que não precise ser após serem vítimas daquilo que as sociedade patriarcal as sujeita. As mulheres, de forma geral, precisam superar a idéia de que o sexo deva ser necessariamente para agradar o outro, muitas vezes em detrimento do seu prazer ou medo da parda do outro. O medo da perda, significa, segundo Muraro (2000)[17] a carga de inferioridade que as mulheres carregam, fruto do patriarcalismo, do ser menos.
Talvez o caminho seja nossos círculos de debates e ajuda de algumas teorias que possam nos auxiliar a construir esse novo na sociedade que é velha e cariada. Nesses círculos, nos movimentos populares e espaços de formação desses, podemos começar a debater como podemos estabelecer relações bonitas, de confiança e de responsabilidade compartilhada. Já temos muitas experiências de novas relações em nosso meio. Muitas pessoas já se desafiam vivê-las e construí-las. Podemos ter como exemplos alguns casais, algumas famílias que estão conseguindo construir esse novo, com empoderamento das mulheres, onde elas vivem sua sexualidade prazerosamente, sem usarem e serem usadas, sem descartarem e serem descartadas.
Autor:
Isaura Isabel Conte
isauraconte[arroba]yahoo.com.br
Graduada em Pedagogia, séries iniciais, pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2007). Atualmente é dirigente da Fundação de Desenvolvimento, Educação e Pesquisa da Região Celeiro; dirigente e militante do Movimento de Mulheres Camponesas - MMC RS. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação popular, atuando principalmente nos seguintes temas: feminismo, mulheres camponesas, trabalho de base, relações de gênero e movimentos sociais.
Fonte: Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil (MMC) http://www.mmcbrasil.com.br/
Graduada em Pedagogia, séries iniciais, pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2007). Atualmente é dirigente da Fundação de Desenvolvimento, Educação e Pesquisa da Região Celeiro; dirigente e militante do Movimento de Mulheres Camponesas - MMC RS. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação popular, atuando principalmente nos seguintes temas: feminismo, mulheres camponesas, trabalho de base, relações de gênero e movimentos sociais.
[1] Concepção marxista in Iasi, Mauro; O processo de Consciência, 1999.
[2] Segundo Marx, é o mesmo que historicizar, fazer análise do ponto de vista histórico.
[3] Segundo Muraro, Rose Marie, quando fala do patriarcalismo que se estabelece inaugurando a sociedade desigual, de classes e de opressão das mulheres como seres mais 'fracos'.
[4] Segundo Gebara, 2001 " Cultura e relações de gênero".
[5] Patriarcal, segundo Muraro, 2000.
[6] Da concepção freireana - o ser menos como Ser que sofre opressão.
[7] Segundo GEBARA, Ivone. Cultura e Relações de Gênero, Cepis, 2001
[8] Processo de tentativa de desenvolver o país a partir da década de 1930 , tornando-o altamente industrializado e mecanizado para aumentar a produção, no entanto o modelo implantado já nasceu dependente do estrangeiro.
[9] Pode-se ter maiores dados sobre o trabalho das mulheres NALU Faria e NOBRE, Miriam (org)" O Trabalho das Mulheres", Sof, 1999.
[10] Afirmação a partir de muitas conversas informais com mulheres camponesas no trabalho do MMC.
[11] O senso comum ainda faz esta afirmação, tanto em falas quanto em atitudes.
[12] Constatações em: A produção do viver e Economia feminista de Mirim Nobre e Nalu Faria(org), Sof ou mesmo em muitas pesquisas sobre a participação das mulheres na política (partidária) em regiões, estados e federação. Podemos pegar como exemplo o número de presidentas de sindicatos em todo o país, ou os cargos que as mulheres assumem na prefeituras...
[13] A afirmação é fruto de observação de muito tempo nos espaços dos Movimentos da Via Campesina RS, de forma especial.
[14] Material do MMC: A história da Mulher na Humanidade. Muraro também trás elementos sobre a sociedade primitiva.
[15] Segundo Muraro, 2000, o feminismo a primeira fala sobre feminismo, no Brasil, é da década de 1950 com Bety Freedman. Mais tarde ressurge com maior força na década de 1970.
[16] Relação opressor-oprimido - segundo FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. SP. Paz e Terra, 1987.
[17] Rose Marie Muraro, Os seis meses em que fui homem. 2000
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